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domingo, 27 de novembro de 2011

Dragões nossos de cada dia...


Eis que domingo pela manhã (tá, não tão manhã assim), deparo-me com um desenho animado de visual lindíssimo, que, de início, chamou minha atenção só pela fofurice. Curiosa, resolvi dar mais ulgum tempo para ver se a trama era mesmo boa.

Já tinha ouvido falar de 'Como treinar seu dragão', mas achava que era só mais um desenho mega-hiper-super bem feito, água com açúcar, para ver com crianças com o objetivo de entretê-las. Ponto.

Para encurtar a história, eu fiquei vidrada até o fim, enquanto a minha pequena desistira na metade, indo curtir outro brinquedo. A mensagem era para adultos, travestido em desenho para crianças.

Em síntese, o personagem principal da história vivia em um reino onde todos odiavam dragões e eram treinados para matá-los, sem questionar, em espetáculos que se comparavam aos gladiadores. As feras - os dragões - também atacavam sem refletir. Ambos apenas faziam o que eram incitados a executar.

Eis que um menino, filho do principal matador de dragões da história, reverte o ciclo natural das coisas e faz amizade com um dragão, questionando toda uma cidade, inclusive enfrentando seu pai, a respeito do modo em que conduziam aquela história sem graça, de sempre matar os dragões.

O enredo parte para algumas nuances infantis, mas o pano de fundo é bem claro. Questionar o curso natural das coisas, encontrando outras formas, agindo em proatividade, em busca de algo jamais pensado, visto ou executado.

E quantos dragões destes costumamos matar, sem saber ao certo o porquê. E quantas distintas histórias poderíamos ter se, ao invés de matarmos o dragão, olhássemos para ele de outra forma?

Esses dragões nossos de cada dia...




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