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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O ovo de Colombo


A metáfora referente ao Ovo de Colombo é, de certa forma, uma ode ao óbvio, mas de forma inversa.

Sempre irritou-me o óbvio, discutir o óbvio, preocupar-se com o óbvio... tudo parece ser uma grande perda de tempo, uma vez que, estabelecida a obviedade, a construção do pensamento, necessariamente, deveria avançar a partir daquele ponto.

O problema é quando, por inúmeras razões, temos que retroceder ao óbvio para efetivamente criá-lo, estabelecendo, enfim, o devido acordo semântico para que a comunicação se concretize.

Mas a obviedade tratada pelo Ovo de Colombo é algo sutilmente diferente. É o óbvio que ninguém vê, que passou despercebido ou que deixou de ser óbvio aos olhos da maioria. E a partir do instante que foi iluminado, os antes cegos o observam com clareza cristalina, a ponto de não entender o porquê de não terem visto antes.

Muitos 'Ovos', além de Colombo, foram destaque: Newton, Descartes, Locke, Galilei Galilei, Jesus, Beethoven, Platão, entre tantos. Eles foram, à sua época, pessoas que mudaram o curso da história, mostrando muito além do óbvio, escancarando suas teses e teorias em prol da humanidade.

Diferente não ocorre na era digital. Destaques para Sergey Page e Larry Brin, Bill Gates, Lars Hasmussen, Jens Rasmussen, Mark Zuckerberg, Ajay Bhatt, Jack Dorsey, John Edward Warnock e ... Steve Jobs. Mais do que apenas colocar um ovo em pé, todos eles criaram formas de aproximar elementos básicos da sociedade humana dos próprios indivíduos: informação e comunicação, elevando-as ao patamar grandioso de moeda poderosa.

Hoje, parece-me óbvio digitar uma palavra e num piscar de olhos encontrar exatamente o que procurava. É óbvio manifestar meu pensamento de forma livre e compartilhada, curtindo o que me interessa...óbvio também ligar o computador e ele funcionar com janelinhas saltitantes e organizadas. Óbvio ter ao telefone muito mais do que apenas um telefone. Óbvio deitar no sofá e deslizar o dedo por uma tela sensível ao meu comando, numa prancheta finíssima, que me atende sem hesitação.

Já não detesto tanto assim o óbvio. Recolho-me à minha insignificância diante destes gigantes. Galilei, Newton e todos os antigos ficarão contentes com a chegada de Jobs. Em seus próximos ciclos, teremos novidades... 







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