Pensar no cotidiano é viver todos os instantes em reflexão. E isto é positivo em muitos sentidos, talvez negativo sob olhares mais cansativos ou omissos, mas sinceramente até hoje, só consigo enxergar o lado bom em agir criticamente.
Constatei desde cedo que quanto mais aprendemos, mais temos responsabilidades. Aquele que ignora um fato, um assunto ou uma ciência deve ter sua parcela de obrigação minimizada a respeito do tema. Ao contrário, quando você já possui instrumentos que lhe indiquem o conhecimento, sua parcela de análise para responder pelos próprio atos deve ser pesada sob este viés.
Isto significa que se exerço a cidadania de forma displicente, tendo condições de conhecer efetivamente qual o meu papel como ser social, com direitos e deveres sabidos, devo responder por essa displicência. Do contrário, se não tenho meios de entender ou saber como agir em determinada situação, se efetivamente há a omissão ou ato impensado, o resultado é diferente.
Agir em reflexão, durante o dia que nasce para nos aprimorarmos, é viver intensamente a sua parcela responsável de acordo com seu conhecimento. E quanto mais se sabe...maiores os graus reflexos sob a responsabilidade.
A máxima: 'penso, logo existo' encaixa-se perfeitamente aqui. Se penso, reflito, aprimoro, atinjo, tento, consigo...vivo. Se me deixo levar pelo cotidiano, entendendo-o apenas tal uma sequência meio incerta de acontecimentos, apenas conduzo minha vida tal como uma balsa à deriva no mar, levada pelas correntes marítimas já preestabelecidas.
Cada um conduz seus atos como melhor lhe aprouver. E todos seremos cobrados, levando-se em conta o grau do conhecimento que nos foi proporcionado.
Acredito verdadeiramente nisto como uma regra justa.
1 comentários:
Muito pertinente a sua abordagem. Uma das bandeiras da minha vida, a doação de medula óssea, esbarra neste empecilho do "E eu com isso?" diariamente, sem nem mesmo precisar ser expresso por palavras :-(
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