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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Quebra de rotina


É engraçado o quanto nós, humanos, somos reclamões. E os seres humanos do sexo feminino, mais ainda. Se está frio, queremos calor, se está chovendo, queremos sol, se o cabelo é liso, bem que seria legal encrespar, se não se tem nada pra fazer, queremos agito...e por aí vai.

Sou uma pessoa cartesiana. Denominei-me assim desde que conheci Descartes e sua bela teoria de fusão da álgebra com a geometria. Gosto da ordem, gosto da certeza, gosto do controle, gosto do preto no branco, gosto da previsibilidade e, enfim, gosto da rotina.

Esta sou eu, não é à toa que sou virginiana.

E tudo que ultrapassa ou quebra estes conceitos me é incômodo, atrapalha, cansa mais do que o normal. Quando situações de quebra aparecem no meu cotidiano, percebo o quanto tenho saudade da minha amada rotina, mesmo que em alguns momentos tenha reclamado de sua existência.

É assim, neste compasso, como no retorno ao lar após uma longa viagem, que valorizo ainda mais o que tenho e já conquistei. O quão seguro e previsível é o meu dia-a-dia e quanto isso me é caro e gratificante. E quando o imprevisível acontece, volto à estaca zero e corro rapidinho à zona de conforto.

Mas, ainda assim, deixo-me reclamar quando a rotina engessada passa do ponto ideal. Afinal, sou humana...e do sexo feminino...

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