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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mas o que foi que aconteceu?


Fico impressionada com a curiosidade do ser humano. Não aquela curiosidade comum, de saber de uma novidade, de querer escutar a fofoca do dia ou de buscar aquela informação atual. Falo da curiosidade sarcástica, daquela que te faz andar mais devagar para olhar o acidente recém ocorrido. Daquela que prende os telespectadores na notícia de uma desgraça, ou daquela que escuta a história triste até o fim.

Não sei o que se passa com os seres humanos...

Também sou um deles, então falo também de mim...algo para a antropologia, a sociologia e qualquer outra 'gia' que se preze estudarem. 

Estava a passear por portais de notícias e reparei que as maiores manchetes são, sempre, ou quase sempre, notícia de desgraça. Assalto, roubo, atentado, terrorismo, acidente, sequestro, morte, ataque, agressão, choro, abandono, massacre e tantas outras pérolas são comuns em todas as nossas leituras diárias. Palavras que te chamam a atenção apenas por existirem, que te forçam a dar um 'clique' para listá-las nas mais lidas do dia.

Outra vez, li sobre um estudo que dizia que palavras deste tipo deixam o teu dia mais triste, pois disparam áreas cerebrais que limitam o pensamento, que geram tristeza, decepção e mal estar...Do contrário, palavras como felicidade, alegria, disposição, amor, aconchego, beleza, vitalidade, limpeza, entusiasmo disparam pensamentos positivos automaticamente.

Decidi testar.

Parei de clicar em assuntos de desgraça, e passei a pesquisar sobre saúde, exercícios, alimentação saudável, moda, música, beleza...e logo me vi com inúmeras ideias, impulsos positivos que culminaram, pasmem, em ópera. Beethoven e Bach são realmente sensacionais.

Em pouco tempo, a sensação de medo, insegurança e tristeza foram deixadas de lado, dando lugar a uma busca saudável por tudo que realmente interessa e faz diferença para o bem.

Algo tão simples e de retorno tão rápido. Um esforço que vale a pena.

Hoje corri por 41 minutos, sem parar. Algo impensável mas que agora já faz parte da minha vida, como jamais havia imaginado. Inscrevi-me em minha primeira corrida. Já faço planos para as próximas, mais ousadas e difíceis.

Passei uma tarde de sábado com amigas queridas. Algo que não fazia a décadas. Ri muito, contei e escutei histórias, apertei laços de amizade e familiares.

Planejo meus dias e noites para vivê-los intensamente, sem espaços monótonos ou improdutivos. Tem um poder incrível.

Classifiquei diferente minhas prioridades na vida. A equação estava errada, corrigi...foi bom...não doeu.

Descobri que mudar o pensamento é um poderoso instrumento de felicidade. Antes, vivia isto em teoria. Hoje, realizo na prática, em meu benefício e por todos que me cercam. Não sei dizer como isso tudo começou, se é que teve começo ou meio...mas não vai ter fim.

1 comentários:

Bicha Fêmea disse...

Oi, Isa!
Mas que post cheio de ânimo e positividade!
Amei! :)

Fico feliz de ver alguém falar que não curte a overdose de notícias tristes e desgraças alheias. Já me perguntei muito a razão por que carros param para “contemplar” um acidente e manchetes “cheias de sangue” venderem tanto. Diante dessas coisas, só consigo me lembrar de uma professora de antropologia que nos contou que estudos apontavam que a “desgraça alheia” faz sucesso, sobretudo, em meio ás pessoas menos favorecidas. Segundo ela, havia um sentimento de compensação pela vida desprovida que elas levam ao se depararem com pessoas com problemas maiores que os dela. Seja como for, nunca tive apreço por esse tipo de estímulo. Estou contigo e não abro. ;)

Beijos,
Lidi

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