Fazia tempo que não falava de minhas manias por aqui, e olha que eu tenho muitas...
Então vamos lá, sempre é tempo.
Odeio que me cutuquem, que falem comigo ao mesmo tempo que toquem em mim. Ah....vá passear!!!
Não sei exatamente quando isto começou. Talvez, lá no passado, quando estudava em colégio católico, em que ir à missa 'fazia parte da aula', o fatídico momento de desejar 'paz de Cristo' foi criando em mim certa aversão ao toque de estranhos.
Para quem não lembra ou nunca participou de uma missa católica, o momento 'Paz de Cristo' consiste em cumprimentar a todos (eu disse TODOS) que estão à sua volta (em frente, ao lado e atrás de você), com um singelo aperto de mãos e/ou abraço, dizendo 'Paz de Cristo para você'. Devia durar uns cinco longos minutos de pura encheção de saco. Quando as pessoas próximas a você se esgotavam, era 'de bom tom' ir aos bancos mais distantes e fazer a mesma 'via sacra'.
Parece simples, mas para mim nunca foi.
Nunca vi ninguém muito confortável fazendo isso. Era uma espécie de obrigação cumprimentar. Era a maior concentração de sorrisos amarelos por metro quadrado. Eu ficava meio que de cabeça pra baixo, dando looooooooongos abraços em quem eu conhecia, só para matar tempo e não ter que cumprimentar forçadamente (e muito menos receber cumprimentos forçados) quem eu não conhecia.
Momentinho dispensável este na missa.
Mas, sinceramente, não posso atribuir somente a estes constrangedores momentos o fato de não gostar que desconhecidos me cutuquem. Falo daqueles tipinhos e tipinhas que chegam em você, já vão falando da vida toda em cinco minutos, sem saber se você realmente está com vontade de escutar aquela ladainha. Concomitantemente, vão tocando no seu ombro, dando tapinha nas costas, tudo com a maior intimidade, sem tê-la. E pode acreditar, minha cara nessas horas não é nenhum passaporte para a alegria e é extremamente corajoso quem insiste em continuar a conversa com uma cara tãããããão convidativa.
Parece que quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece. Já escrevi aqui sobre a minha capacidade especial de ser para raio de maluco, não? Sim, algumas vezes. Em resumo, segue aqui o post sobre as irritações que mais me afligem...
E você leitor, quais suas irritações cotidianas?
2 comentários:
Isa, declarei guerra ao Ipod. Gosto muito de música, mas circular pela rua feito zumbi se relacionando com o mundo unicamente através do tal aparelhinho me dá nos nervos.
Saio todo dia pra passear com meu cachorro e é inevitável cruzar com alguém (s) que vai pela calçada, completamente desligado do que se passa ao redor, e com aquela antiga certeza de que 'liberdade é uma calça velha azul e desbotada', lembra? sem se dar conta que está trancafiado dentro de um jeans apertado e quente?! E vc que trate de desviar, mudar de rumo, apertar a buzina (quando é o caso) pq tá todo mundo 'na sua', e o grito virou a única possibilidade de comunicação.
A respeito, postei em meu blog uma crônica SOM E FÚRIA, onde falo desta 'sonorização' chatíssima - e perniciosa - que tomou de assalto nossas cidades.
Ih, acho que tô ficando velho!!!
Um abraço (jovial)
José Santana Filho/Crônicas e Reflexões
Sim, José. As relações humanas estão ficando cada vez mais difíceis, intolerantes...
Vou ler seu posicionamento no post que falaste.
Gde abraço,
Isa
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