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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Qual é a postura correta?


Dois anos já se passaram desde que agreguei o Pilates em minha vida. Encontrei nesta atividade física tudo o que precisava. Fortalecimento, alongamento, respiração, tranquilidade e, de quebra, melhorei a postura. Consegui facilmente integrar a minha rotina a esta realidade e confesso que fiquei atônita na primeira avaliação que fiz, observando o quão torto era o meu andar...

As dores que sentia nas costas, nos joelhos, nos ombros muito estavam relacionados com maus hábitos, coisas que eu fazia contra mim mesma. O encurtamento dos músculos, principalmente pernas e braços, era algo desesperador e aquelas máquinas que, à primeira vista, parecem destinadas à tortura medieval, tiveram reflexo positivo em tudo isso.

Hoje, considero minha postura extremamente alinhada e já é dolorido ficar na posição errada. Ponto para o Joseph (o Pilates).

Mas não é exatamente desta postura que gostaria de abordar... é a postura na vida. O que é correto, o que é errado, aos olhos de quem? Qual o parâmetro?

Atire a primeira pedra quem nunca se preocupou com o que o outro pensa sobre você. No fundo, no fundo, em maior ou menor grau, todo mundo faz uma avaliação de todo mundo e como ler pensamentos ainda é algo complicado, é assustador quando você descobre o que o outro pensa sobre você, mesmo sem nunca ter trocado meia palavra consigo.

Neste sentido, o que é que contribui ou prejudica, nas nossas ações, para que o outro tenha a percepção, ao menos verdadeira, do que você é realmente? Se, em um dia qualquer, você parece mais sisuda, isto pode lhe render a fama de mal humorada... se em outro está feliz, mais risonha e se permite até uma sonora gargalhada no meio do expediente, isso também pode lhe contar pontos negativos, aos olhos alheios.

O problema é que estas falsas ou simplistas percepções podem render uma fantasia mentirosa sobre você e acaba até lhe prejudicando tanto profissionalmente como pessoalmente.

Então, qual é a postura correta?

A verdade, verdadeira mesmo, é que ninguém consegue controlar o pensamento alheio e quem pensa que pode vive num mundo imaginário. Ser você mesmo representa sim dias bons e ruins, somos todos cíclicos, não somos constantes e quem fizer juízo sobre você mediante algo tão simplista, merece, no mínimo, o desprezo, o afastamento e o isolamento. A curiosidade ou a necessidade pode fazer este outro buscar conhecer qual é a sua essência real e, neste momento, tens a oportunidade ideal para desmistificar rótulos.

Se, porém, esta oportunidade nunca acontecer e, eventualmente, o falso der lugar ao susto, o mínimo que se pode fazer, se houver interesse, é mudar de postura.

Tal como em Pilates, corrigir a postura depende de paciência, persistência e, inevitavelmente, dor. E isso vale tanto para a postura corporal quanto para a pessoal.



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