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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Pequenas invasões cotidianas


Odeio que invadam o meu espaço. Acredito que todo ser humano se incomode com invasões, mas a pior delas é a do tipo sutil, que vai ocupando aos pouquinhos, até culminar no domínio total de um território que antes lhe pertencia.

As pequenas invasões cotidianas se mostram insuportáveis dependendo do grau de tolerância do antigo ocupante... Confesso, o meu é extremamente pequeno.

Existem espaços que você permite a alguns privilegiados compartilhar, outros nunca. São espaços sagrados o seu quarto, sua mesa de trabalho, seu corpo, seu hobby, sua cozinha, sua bolsa, telefone celular. Alguns ainda são mais radicais e não compartilham pessoas, animais e até mesmo objetos absolutamente fora de qualquer suspeita. E tudo isso sem que o, às vezes, inocente  invasor, saiba ou imagine. 

Aquela cadeira que só você senta, a caneca preferida, o livro xodó, o espaço do armário, são todas barreiras interpessoais difíceis de enxergar, mas que continuam muito vivas aos olhos do seu proprietário, irritando sobremaneira aquele que se vê invadido.

E a modernidade ainda chega com mais espaços, os virtuais... ou será que você não se irritaria ao saber que seu email pessoal foi lido por terceiros?

Na verdade, só não é invadido quem aprendeu a deixar muito claro aos demais onde estão os limites demarcatórios do seu espaço. E isto só é conquistado às custas de muita prática negativa e, às vezes, deixa inimigos pelo caminho... 

E segue mais uma das escolhas da vida: ou aprende a dizer claramente qual seu território, ou as pequenas invasões cotidianas continuarão a irritar... Ainda estou aprendendo, mas já avancei bastante...

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