Hoje teve sessão de cinema aqui em casa. Sim, cinema mesmo, com direito a tela grande, som mega surround e pipoca, claro.
A proposta de filme: Vida de Inseto. Uma sessão familiar, curtida com minha pequena de 5 anos. Eu lembro de já ter visto esse filme, mas devo confessar, minha memória para títulos, enredos e nome de artistas é mais do que péssima, é nula.
Portanto, talvez até tenha visto alguma vez, mas mesmo que repita, parece ser sempre a primeira, por absolutamente não conseguir lembrar de uma só parte.
Enfim, escurinho e pipocas em mãos, o filme começou.
Já estou ficando craque em chorar em filmes infantis. Semana passada foi com o 3D Toy Story 3 (recomendo muitíssimo) e hoje com o velhinho Vida de Inseto.
O que eu mais curto em filmes infantis não é só o fato de eles serem belíssimos, engraçados e divertidos... é a mensagem que passam. Com certeza, os animadores pensam que a mensagem deve ser direcionada ao público mirim, seu principal foco, mas em verdade, eles são tão espetaculares que fazem os pais refletirem muito sobre a história que se passa encantando os filhos.
A cena mais marcante pra mim em Vida de Inseto foi quando um gafanhoto (o vilão da história) começa a massacrar fisicamente e violentamente uma formiguinha (o herói). Esta, machucada e quase sem forças, quando todos imaginavam que estava derrotada, ao escutar o discurso do gafanhoto pseudo-vitorioso, levanta-se com dificuldade e diz: NÃO, nós não fomos feitos para servir vocês... nós somos os mais fortes.... eu já vi estas formigas fazerem tudo de incrível e vocês, gafanhotos, não sabem fazer nada, só sabem sugar e explorar... nós somos os vencedores, jamais aceitarei a idéias de que só nos resta servir vocês... NUNCA!
E com esse discurso inflamado, a formiguinha machucada consegue instigar todo o formigueiro que se rebela e se volta contra o pequeno grupo de gafanhotos, vencendo a batalha. Eram mais fracos fisicamente, mas o conjunto e a força de todos fez a diferença.
Pra mim, que não lembrava nada disso, a história caiu como uma luva. Um mergulho nos instintos de sobrevivência, de força e de entusiasmo. Uma palavra, um discurso só, tem a capacidade de mudar a história. Um discurso de não à entrega, de não à aceitação, de não à passividade.
Isso só me instiga a continuar. Continuar a batalha da Vida até a vitória, com a responsabilidade do discurso formador de opinião.
E viva a formiguinha!
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