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domingo, 13 de junho de 2010

Filha linda, mãe suprema

Coisa magnífica ser mãe. Por mais que eu expresse aqui toda a emoção contida na palavra 'mãe', só saberá ao certo a dimensão disso tudo quem realmente já é mãe.

Existe um texto belíssimo que em determinado trecho revela: 'antes de ser mãe eu tinha o controle sobre a minha mente, meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos'. É verdade. Perdemos o controle de muita coisa, a passamos a ter o controle de outras.

A descoberta da maternidade não é somente algo físico. É claro que os quilos a mais, as transformações biológicas e emocionais são gritantes, mas não é sobre isso que as mudanças habitam. Saber que existe um ser humano que depende, ao menos no começo de sua vida, exclusivamente de você, dá um giro imenso em sua cabeça. Você se cuida mais...arriscar-se pra quê? Você pensa mais...cuida das palavras...pensa no jeito como foi educada...pensa nos valores que quer repassar...pensa...pensa e repensa, o tempo inteiro, 25 horas do dia.

Dizem que uma mãe raivosa é bicho perigoso. É mesmo. Os animais já ensinam isso. Mas nas mulheres humanas não é algo apenas biológico. É mais. Ser mãe é ter o poder de transformar, de cuidar, de ser única, de ser o diferencial na vida de alguém, pro positivo ou negativo. É um processo de auto conhecimento precioso, pois você tem que aprender rapidamente a extrair o que há de melhor em você, entender o que aconteceu de ruim na sua vida até aquele momento e buscar formas de não repassar seus medos e angústias. Afinal, se a mãe senta, os filhos deitam. Se a mãe chora, os filhos se desesperam.

Talvez o mais bonito em toda esta descoberta esteja na valorização total do que representou a sua mãe na sua vida. Sim, você valoriza muito mais a sua mãe. E não apenas pelas noites mal dormidas, nos cuidados que uma criança te exige, mas principalmente pelos valores que te transformaram no ser humano que és hoje. Entender que você é o resultado dos valores que sua mãe lhe repassou é maravilhoso.

Aquilo que te incomodou tanto na adolescência (não dormia fora de casa, não viajava com a turma, obedecia incondicionalmente os pais, respeitava os mais velhos meio contrariada) você acaba repetindo na educação de seu filho. E por quê? Porque você entendeu que tudo foi importante na sua construção como ser humano. Porque você gostou do resultado e quer repetir em seu filho.

Esse é o conhecimento maravilhoso que a vida te proporciona ao ser mãe. Hoje eu entendo o porquê de tudo, aceito e repito. Obrigada mãe, pelo resultado de ser humano que sou hoje. Obrigada filha linda pela oportunidade de reconhecer isto.

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