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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Assustada!!!!

Já passei dos trinta anos, e ainda existem coisas que me assustam. Não estou falando de baratas, ou de injeção, ou qualquer coisa comum. Estou falando dos sustos grandes, aqueles solavancos da vida que te pegam de surpresa, te chacoalham e determinam... ei, sabia que você ainda não viu de tudo? Pois fique sabendo que tem mais...

Falo destes sustos.

Pois bem. Depois de uma semana de sustos noticiários por aqui, que iniciam com mortes de jovens no trânsito, até findar com o abandono de recém nascido em vaso sanitário (e ele sobreviveu...), alcançamos o ápice com rumores na política, corrupção, vantagens, tropeços municipais e estaduais, articulações, conchavos e outros bichos... já ficou claro pra mim que ainda não chegamos no fundo do poço.

Uma querida amiga, confessando dificuldades na vida, certa vez, me disse... eu não sabia que o fundo do poço tem porão... pois é, tem mesmo, constatei essa semana.

Nunca efetivamente chegamos ao fundo do poço. O ser humano consegue nos surpreender sempre e cada vez mais...o problema é quando acreditamos encontrar o fim da estrada, onde todos os degraus foram descidos e nos deparamos com uma escadaria ainda mais longa, que nos leva ao porão do fundo do poço... aí é de perder as estribeiras mesmo... é de anestesiar.

Assustada eu fico quando percebo abrir-se nova escadaria que leva a mais fundo nas maldades e trapaças, onde ratos e baratas asquerosas passeiam livremente posando de anjos e, mesmo descobertos, continuam sorrindo e batendo em suas costas como se nada estivesse acontecendo.

Assustada eu fico quando vejo pessoas traindo outras, em todos os sentidos, quando não falam o que pensam, quando são duas-caras ou quando permitem que o sucesso seja algo negativo, na medida em que pisam nos demais. Quando os sete pecados capitais se materializam nas atitudes: preguiça de lutar, falsa ira, luxúria por  dinheiro, vaidade pelo cargo, orgulho irreal, gula por vingança ou avareza nos desfechos.

Igualmente assustada eu fico, toda vez que o fundo do poço se abre ao porão... e aí fica a pergunta... será que chegamos ao porão do fundo do poço ou tem mais? Veremos...

O importante é nunca adormecer o direito de se indignar. Ainda tenho isso muito latente. 


1 comentários:

diariodumapsi disse...

Ás vezes fico pensando que o fundo do poço não tem fundo!
Bom final de semana Isa!
Gd beijo

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