Uma das grandes dificuldades que sempre tive foi lidar com situações difíceis. Não as minhas, embora estas sejam igualmente complicadas, mas parece que quando a coisa é com você, está nas suas mãos o controle e o poder de deixar o tempo passar e cicatrizar suas mágoas. Você sabe qual o seu tempo, onde a ferida é mais doída...
E quando a agonia é de alguém querido? O que você faz nessas horas? Como confortar alguém em um momento difícil? Você pode se aproximar da dor do outro, tentar compreender, tentar, tentar, tentar, mas não consegue passar disto.
Sempre tive dificuldade.
Nunca sei como me comportar diante de alguém que perdeu um ente querido, ou alguém que esteja enfrentando uma grave doença, ou mesmo quem esteja passando por um momento delicado na vida, no trabalho, em casa. Como conversar com uma amiga que se separou e que tem que dividir o filho no fim de semana com o ex... ou a que está com o pai internado em um hospital, ou ainda aquela que perdeu um cargo importante.
Pessoas que você ama, tem carinho, afeto, se importa... para mim é bem difícil escolher as palavras, dizer algo reconfortante... tudo parece soar sem sentido e vazio, forçado, sem conteúdo, sem graça...
Saber dar o ombro para chorar é um dom. Admiro as pessoas que conseguem e que tem muito a dar, na hora certa, na medida certa. Uma palavra, um abraço bem dado, um ouvido disposto é extremamente bem vindo.
Percebo que o pânico de não saber o que fazer acaba atrapalhando demais. Simplesmente estar ali, perto, disponível, é de grande valia. A vida já me fez perceber que o teu mínimo representa o máximo para o outro. Isso é doação, é amor, compaixão e caridade para com o próximo. Sentimentos nobres que nutrem a alma e que te fazem crescer como ser humano.
Mas eu queria mais. Queria saber confortar mais, aprender a lidar com a dor do outro de forma diferente, sem medo de errar, e estar mais disponível sem parecer piegas. Saber lidar com as emoções alheias de forma carinhosa, expressando verdadeiramente os sentimentos, sem escondê-los por puro medo de fazer bobagem inoportuna.
A dor alheia é tão doída quanto a nossa, vivida de uma forma diferente...traz consigo um sentimento de impotência enorme e isto é que acaba minando as intenções.
Estou aprendendo, tenho melhorado um pouco, consigo falar mais e até, muitas vezes, acho que encontro as palavras e os gestos certos. Mas ainda tenho muito a caminhar e a superar.
E você, o que faz para confortar alguém?
5 comentários:
Eu também sinto uma dificuldade imensa para confortar alguém.
Tudo o que penso em falar parece inadequado e inoportuno, até mesmo idiota diante da dor do outro.
ISA, até por força do hábito (sou psicoterapeuta) costumo ouvir e interagir com alguma facilidade. Entretanto, as situações que você expôs são mesmo delicadas. Acredito na disponibilidade. Tornar-se disponível e manifestar isso(cada um a seu modo) costuma ser reconfortante. E o SILÊNCIO compartilhado pode ser eloquente.
Aliás, acredito que o silêncio QUE NÃO PESA costuma ser excelente termômetro de qualquer relacionamento.
Um abraço.
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