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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Salva pela máquina de lavar roupa


Ontem à noite, fui salva pela minha máquina de lavar roupas. É claro que ela já me salvou várias vezes, mas do jeito normal, assim, lavando aquelas pilhas de roupa que insistem em querer crescer toda a semana, num ciclo sem fim.

Mas pelo episódio de ontem, se fosse personificada, certamente ela mereceria um belo presente.

Estava eu, bela e formosa, confeccionando meus fuxicos que virarão marcadores de livros para a família. Já falei sobre isso por aqui. Meu ateliê fica em um anexo de minha casa e é ali que a coisa artesanal acontece. E já passava da meia noite.

Pois bem.

Eis que, com o trabalho terminado, organizei a bagunça e.... opa, porta nº 1 trancada, porta nº 2 trancada, porta nº 3 trancada e.... porta nº 4 trancada também. Todos os acessos para a minha casa estavam fechados!!!

Maridão foi deitar e, como faz todas as noites, conferiu se tudo estava devidamente seguro. Nem lembrou que eu pudesse estar no ateliê naquela hora, sei lá, fez tudo automático e eu acabei ficando trancada em minha própria casa, pelo lado de fora!

Ele foi para o quarto, ligou a TV, o ar condicionado, fechou a porta e pronto...devidamente incomunicável.

Filha dormindo, sono ferrado. Celular na bolsa, do lado de dentro da casa. Muros altos em volta, que só davam para os vizinhos, acessos emperrados, e só as luzes de Natal da minha árvore para me consolar...

E euzinha lá, sendo atacada por mosquitos famintos, batendo em todas as portas para tentar ser ouvida, numa daquelas noites quentes do inferno que só o verão sabe proporcionar...

10 minutos e nada...

A essa altura, as batidas nas portas começaram a virar pequenas pancadas desesperadas.

E a mosquitada avançando...minhas pernas viraram banquete...

25 minutos e as pequenas pancadas transformaram-se em murros irritados...

Já começava a pensar em um jeito para dormir por ali mesmo, no ateliê, junto com o calor, a mosquitada e os tecidos. Hum, tem um colchão meia boca por lá, acho que vou ter que encarar essa aventura.

35 minutos.

Tenho que tentar um pouco mais, embora confesso, morrendo de vergonha dos vizinhos... o que eles estariam pensando de uma maluca que dá murros em sua própria porta, à 1 da manhã?

Melhor desistir, não vai ter jeito.

E se ele quem sabe, sentir sede? Vai ter que buscar água na cozinha e então vai conseguir me escutar.

Mais alguns murros. Desta vez, com os pés juntos para ajudar, afinal, as mãos já estavam doendo.

Bingo!!!! Ele veio ver o que era e finalmente fui salva! 45 minutos de desespero e tudo terminado!

E o que tem minha máquina de lavar roupa a ver com tudo isso? Simples, ele achou que o barulho fosse ela, a máquina, se matando de trabalhar na madrugada, batendo roupa.

Como o barulho estava demais, na concepção dele, poderia deslocar a mangueira de água, e iria criar um caos aquático na lavanderia. Melhor conferir, pensou ele.

E assim fui salva de uma noite pessimamente dormida. Nunca agradeci tanto poder dormir numa cama!!! Sem mosquitos e fresquinha... Não tem preço.


E minha máquina de lavar, minha melhor amiga eletrodoméstica! Salvadora à prova de maridos desligados!

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