Fazia tempo que não postava aqui no blog... uma semana acho eu. Muito tempo...
Foi necessário. Este meu compromisso diário, que gosto tanto, que me faz tão bem e que, já me disseram tantas vezes, faz bem a tantos outros, precisou de um tempo.
Tempinho curto, se pensarmos por certo ângulo... a vida é longa muitas vezes, e uma semana parece muito pouco... voa.
Pois bem.
Durante esta semana, talvez a mais atribulada e tormentosa desta minha caminhada terrena, bons e maus acontecimentos marcaram meu cotidiano. O incrível é que por mais que tenhamos a certeza de que o melhor é não sofrer (e quem gosta de sofrer?), precisamos passar por sofrimentos para evoluirmos, amadurecermos, seguir em frente mais fortes e soberanos. E depois que o sofrimento passa, entendemos e aceitamos que foi necessário...
Que coisa maluca... a princípio lutamos a vida inteira para 'ser feliz', um conceito abstrato, meio longínquo da realidade e nos deparamos, a maioria do tempo, com episódios de sofrimento (dor, doença, morte, rancor, raiva, medo, tristeza). Os momentos de alegria e de felicidade aparecem esporadicamente, como que brincando com a gente, apenas para demonstrar que tudo vale a pena, e logo depois o ciclo reinicia...
Com o sofrimento não é diferente. Ele chega, instala-se, e passa como uma brisa, às vezes ventania e tempestade, mas passa, sempre... e depois entendemos que ele foi necessário. E este tempo varia, de pessoa a pessoa. Uns compreendem mais rápido, outros nem tanto. Há aqueles que passam a vida tentando entender a sua real necessidade...
Creio fervorosamente que há uma lógica em tudo isto. Crescer é tão fácil, é apenas uma questão de tempo... amadurecer não necessita de tempo, apenas de compreensão. E como é difícil compreender, entender que a vida não é somente o dia a dia, o acordar e dormir, o casa-trabalho-casa, mas uma sucessão de acontecimentos que nos permite evoluir.
Uns parecem tão maduros, fortes e decididos... outros tão frágeis, infantis e quebradiços e estamos todos juntos, aqui nesta caminhada efêmera, volátil e rápida.
É como a vida e a morte, andam juntas e se complementam, dependem-se mutuamente e subexistem uma com a outra... crescimento e sofrimento idem.
E aí vem o amor... o elo que une e conforta... o elemento que constroi e preenche.
E tem o perdão... que liberta e renasce... que recomeça e ilumina... que cura e limpa.
Seria tão mais fácil viver apenas pelo amor e pelo perdão... mas ainda precisamos do sofrimento para renascer e ser feliz, para preencher vazios e cicatrizar feridas, para renascer e recomeçar, sempre!
Que assim seja.
(Este post foi dedicado a todos que sofrem, por qualquer motivo, para que vislumbrem um horizonte mais brando e harmonioso logo em frente, para que continuem suas caminhadas com o talento e a força que lhes foi doado assim que nasceram, e que, assim como eu, tentam compreender e aceitar as razões da vida e da morte com mais serenidade e fé)
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