Hoje não foi lá um dos meus melhores dias. Muitas tarefas, muito cansaço, alguma indignação no trabalho e muitos questionamentos rondaram minha mente que, convenhamos, é fervente.
Em minha leitura matinal de blogs e sites de notícias, deparei-me com muitos temas relativos a fraudes, crimes, negociatas, auferição de vantagens, tudo o que o ser humano é capaz de fazer por um bom maço de dinheiro.
Compra de gabaritos de concurso, venda de sentenças judiciais, traições políticas por uma gorda aposentadorias e cargos... tudo isto me fez pensar... será que todo ser humano tem realmente seu preço, ou é algo que povoa só a mente dos sem caráter?
Sinceramente, ouso ainda acreditar nos valores humanos. Já ouvi por muitas vezes a expressão: dê dinheiro e poder a qualquer um, e aí sim você conhecerá seu verdadeiro caráter...
Pois bem, quer dizer então que se não tivermos poder nem dinheiro em quantidades extras nunca saberemos ao certo qual o nosso padrão de comportamento? Não me parece razoável.
É inegável que há um fascínio exercido pelo dinheiro e pela hierarquia capaz de conquistar e seduzir, mas não posso crer na distorção dos valores pessoais a qualquer preço. Hum milhão, dois milhões, vinte milhões, ou mesmo um mísero real não deve ter a condição de comprar o sossego, a retidão, o caráter, os valores e a paz de quem quer que seja.
Talvez pensando assim acredite estar vivendo uma ilusão, pois a realidade mostra-se bem mais suja. Porém, insisto que o bombardeio na mídia, revelando os aspectos mais sórdidos da canalhice humana está longe de ser generalizado.
Ainda acho que o Sr. Zé Ninguém que devolve uma mala cheia de dinheiro é mais corajoso, forte e digno do que o Dr. Sabichão Poderoso que consideraria tal atitude ridícula, pobre e burra. São nestes valores que acredito. Ser reconhecida pela sua transparência, retidão, consistência e atitudes coerentes com seu discurso não tem preço. Um bom sono tranquilo também não. Seu travesseiro agradece.
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