Maternidade...

 

Eu consigo precisar o momento em que fui mãe. Não falo do momento do parto, foi muito antes disso... foi no dia em que descobri a gravidez...

Lembro do cenário... o banheiro do escritório em que trabalhava. Eu olhando aquela fitinha do teste de farmácia confirmando minha certeza... eu já não estava mais sozinha.

Minha vida mudou completamente naquele instante. Um misto de alegria e pavor tomou conta de mim. Quanta responsabilidade? Eu estou preparada para isso tudo? E agora?

Hoje, quase seis anos depois do nascimento de minha filha, olho os passos dela com imensa ternura. Foi tudo grandioso até aqui. Muitas emoções, muita doação, muito amor, noites sem dormir, muitos dias de sorrisos e gargalhadas, muitos abraços e beijos, muito choro e pânico ao enfrentar desafios, doenças e sustos.

Tenho certeza que muito mais virá, novos desafios, novas surpresas, sempre recheados de momentos de carinho. Nem ela nem eu nos cansamos de dizer 'eu te amo' uma para outra. Abraços, beijos e mãos dadas são rotineiros e nada cheira tão bem quanto o cangote dela.

Ela não é só minha filha... é minha companheira, minha amiga... uma afinidade de almas jamais sentida e que só vivencio com ela.

O que mais me impressiona em tudo isso é descobrir a minha capacidade de amar infinita. Não há amor como esse, sempre diz minha mãe... é verdade... não há amor como esse.

Adoro vê-la crescer, descobrir, criar... amo sua curiosidade, seu olhar e seu sorriso. Sua tagarelice e os cabelos pretos iguais aos meus, sua brabeza diante da bronca e o aceno distante... todo e qualquer momento ao seu lado é pleno e completo.

Descobrir-me mãe foi uma experiência única, marcante ao extremo e que carregarei comigo por quantas encarnações precisar e ainda tiver... Dar a vida é tão mágico quanto conduzi-la, tão importante quanto ensinar é aprender a viver essa ligação.

Sou grata e feliz por ser mãe dela...minha vida, minha Helena, meu tudo.