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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Escrevendo cartas...


Olha, faz um tempão que não escrevo uma carta. Enviar pelo correio então? Muito mais. A internet trouxe tanta facilidade na comunicação que ninguém mais escreve cartas, muito raro.

Aliás, acredito que sou muito mais ágil no teclado, hoje em dia, do que com uma caneta na mão. Praticamente só assino documentos, o resto mesmo, fica para a impressora. Até minha letra mudou, legível e bonitinha que era, virou garrancho. O 'm' é um risco, o 'r' e o 's' são só voltinhas miúdas no papel. Enfim, um caco.

Mas vai dizer, confessa aÍ, não é carinhoso receber uma carta escrita por alguém de próprio punho? Dá a sensação de que a pessoa 'perdeu tempo' com você, dedicou preciosos minutos do seu dia somente a te escrever...muito melhor do que um papel impresso, que fica parecendo uma escrita em série, sem personalidade.

É bom dizer também que uma carta pode revelar muito sobre você pela letra. Quem é especialista é capaz de explicar melhor do que eu, mas acho que tem tudo a ver. Lembro uma vez de alguém falando no assunto e espichei o ouvido pra escutar..."olha só essa assinatura, olha o tamanho dela.. ocupa quase o documento inteiro, certamente é uma pessoa com personalidade muito espaçosa, não sabe respeitar o limite do outro e adora aparecer"... e mais adiante... "essa então, cheia de curvas, certamente é uma pessoa muito envolvente". E por aí vai.

Mas ontem e hoje a empreitada foi diferente. Recebi um convite muito fofo para um aniversário de uma coleguinha nova da escola de minha filha. Junto com o convite, um texto impresso, com uma autorização para que no dia da festa, os pais da aniversariante possam levar as crianças à festa. Confesso, gelei. Ainda não está nos meus planos 'soltar' a pequena assim com seus míseros 5 anos.

Dilema total: não quero recusar o convite, nem tampouco ser uma intrusa numa festa de crianças, muito menos ser indelicada. Solução, uma cartinha singela, escrita à mão para a mãe da criança. O resultado foi ótimo, trocamos e-mails, telefones, e a certeza de que  tenho uma nova amizade a cultivar.

E o bichinho da carta me pegou de jeito. Resolvi escrever mais uma, direcionada à outra amiguinha nova que a Helena comenta em casa, para aproximar pessoas, os pais dos alunos de uma mesma sala, tentando me livrar de vez do afastamento que a turma antiga dela me proporcionou (arghhhhh!!!).

Estou ansiosa esperando a reação da mãe da criança. Imagina o susto dela? Que maluca é essa que escreveu essa carta pra mim? Deusolivre... Espero que ela goste da ousadia e da surpresa. Afinal, a intenção é boa...

2 comentários:

orvalho do ceu disse...

Olá, querida
Já aconteceu isso com meu netinho, minha filha deixou e ele curtiu muito... voltou são e salvo, graças a Deus!!!
Bjs de paz

Fernanda disse...

Ah, não tinha lido esse post.

Um dia estava conversando exatamente isso com um amigo, sobre o tempo em que se escreviam cartas. Daí resolvi escrever uma "missiva" pra ele, com expressões do tempo das nossas avós. Foi muito divertido, uma coisa 'ultrapassada' com sabor de novidade. Todo mundo querendo ler e tal!

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