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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Frase de efeito


Dando minha passeada diária por entre os blogs que mais gosto, deparei-me com uma frase intrigante:

A ARTE perturba os satisfeitos e SATISFAZ os perturbados.



Mas que coisa interessante! Fiquei feliz, pois encaixo-me no primeiro grupo. Lembro de certa ocasião, visitando uma exposição de arte (se é que aquilo é arte) de ter ficado muito irritada com tudo o que estava vendo. Salas vazias cheias de marca de tiros, paredes repletas de jornal picado e colado, cadeiras de ponta cabeça, vídeos que mostravam carros passando infinitamente, enfim, uma série de maluquices (aos meus olhos).

Saí realmente perturbada daquele lugar, prometi a mim mesma nunca mais visitar algo como aquilo. Aquelas manifestações artísticas irritaram-me, perturbaram-me profundamente. Pensei: se arte é isso, não admiro arte. Mas, sinceramente, aquilo me incomodou um pouco. Parecia um desinteresse de minha parte, uma falta de esforço, uma ignorância da qual sempre busquei fugir, mas deixei livre meu pensamento e manifestei minha liberdade com a promessa de jamais buscar a arte naquele simbolismo.

Enquanto estava naquele lugar perturbador, recordo-me claramente de ver pessoas paradas dentro da sala vazia e cheia de tiros, olhando os jornais picados colados na parede, as cadeiras voadoras e os vídeos absolutamente bizarros, Estavam lá fazendo pose de grande conhecedor do assunto, como que se esforçando para interpretar aquelas doideiras.

Lendo a frase acima, pinçada de um blog que passei a admirar recentemente (e que faço propaganda com prazer (Crônicas, Cotidiano e Reflexões)) acalentei-me, de certa forma. Senti-me alguém normal, humano simplesmente e que não precisa mentir pra si mesmo somente para 'parecer intelectual' aos olhos dos outros.

E ri sozinha. Afinal, sou satisfeita.



2 comentários:

Rita disse...

Oi de novo!

A última vez que fui a uma galeria de arte moderna ri MUITO. Foi divertido demais ver tanta coisa maluca junta e, claro, tanta gente igualmente, uh, exótica. Eu não entendo bulhufas de arte, mas gosto bem. Sou guiada absolutamente pela beleza: achei bonito, curto, mesmo que não veja nenhum sentido muito lógico na coisa. Com arte moderna é a mesma coisa: lembro de uma enorme sala vermelha que adorei! E de muito objeto indescritível que detestei. Então vou assim, acho que entre a satisfeita e a perturbada. Um pouco de tempero na normalidade, sacumé? ;-)

Beijocas,
Rita

Isa disse...

Sim, a noção do belo é algo que é particular e a arte, mesmo que maluca, pode ser, sim, muito bela (às vezes). Já me deparei com situações assim também.
É aquela velha história...de médico e de louco...todo mundo tem um pouco.
Beijo!

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