Acredito que muitos já tenham tentado construir um castelo de cartas. É uma prática que envolve um misto de paciência e persistência e costuma vencer aqueles que falham em seus propósitos iniciais.
Depois de montado, é algo bastante suntuoso, imponente e parece até ser forte, dando muito orgulho a seu criador.
No entanto, ao menor sinal de instabilidade, tudo desmorona, demonstrando que, na verdade, toda a imponência visual não passava de uma grande mentira.
Fazendo uma analogia à vida, há muitos castelos de cartas nos quais nos deparamos e, por vezes, perseguimos, sem saber ao certo o porquê. Status social, dinheiro, poder, fama...Quantos castelos de cartas acumulamos em nossos armários e closets, na marca e tipo de automóvel que compramos, na ostentação vazia das redes sociais...
São formas de escravidão moderna. Sequer percebemos, por vezes, o quanto eles nos envolvem e sugam nosso precioso tempo e esforço, em detrimento do convívio daqueles que amamos e da percepção da simplicidade da vida. Geramos consumo para ter e viver mais consumo e comparar nossos consumos até atingir os patamares que idealizamos. Culpa da sociedade capitalista? Creio que não. Culpa de todos...culpa de cada um.
Somos uma sociedade que clama por tempo, para ter mais tempo para conseguir mais tempo. Tempo para quê? Para viver uma ilusão de um castelo de cartas imponente?
Basta um sopro qualquer, que tudo irá ao chão...
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