Sempre fui muito apegada à rotina. Ter uma, no meu singelo conceito, transmite segurança, controle, precisão. Talvez falso, mas o suficiente para dar uma sensação prazerosa de domínio do seu dia a dia.
Por essas circunstâncias da vida, a rotina alterou-se um pouco por aqui. Virou de pernas para o ar o que, há tanto tempo, parecia já fixo e enraizado. O horário de todos já não é mais o mesmo, as saídas e chegadas, idem e percebo o quanto isso me desestabiliza.
É ruim.
É bom.
Ruim porque quebra o que antes já estava certo. Incomoda porque é preciso reprogramar uma série de fatos que já estavam no automático. Muito se perde, pouco se conquista a curto prazo.
Bom porque sacode a estabilidade. Desencapa a zona de conforto e aparece uma nova fonte de prioridades, um novo reprogramar. Permite novas experiências, desafios.
Mudanças sempre são problemáticas. Ninguém gosta, ou pelo menos, muito pouca gente procura mudanças o tempo todo. Mas, por vezes, elas são inevitáveis. Chegam sem pedir licença, escancaram a porta das nossa casa e se instalam no sofá, sem cerimônia.
Nessas horas, é bom saber que uma nova rotina logo logo chegará, e colocará tudo nos eixos novamente. E a vida seguirá seu curso. E quando nos acostumamos, assim, só pra variar, outras instabilidades podem provocar rachaduras.
Enquanto a viga estiver firme, tudo certo...
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