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quinta-feira, 31 de março de 2011

O ovo ou a galinha?


A proposta de hoje é repensar o ovo e a galinha...quem vem primeiro mesmo?

Há quem diga que foi o ovo, pois nenhuma criatura pode ter nascido sem um processo de nascimento. Há quem diga que foi a galinha, pois nenhuma reprodução existiria se não tivesse primeiro um gerador.

Filosofias galináceas à parte, o objetivo é pensar sobre a causa e o efeito. O que se atinge primeiro? A lógica garante que a causa deve ser combatida, pois os reflexos do conserto atingem diretamente os efeitos. Aí fica tudo certo, como se pretendia.

Na prática, entretanto, a teoria é outra.

Observei uma novidade em meu Estado. Preocupados com os índices alarmantes de acidentes de moto e no custo astronômico que cada acidente deste representa aos cofres públicos (uma estimativa pesquisada em R$ 50.000,00 por acidente), teve início uma campanha educativa para os motociclistas. Louvável a iniciativa, realmente o que se quer é que todos voltem para suas casas, após um cansativo dia de trabalho, ilesos, sem passar por nenhum acidente.

Isto, no entanto, é enfrentar o efeito, e não a causa. Fruto de pesquisas, concluiu-se que quem efetivamente utiliza, em maior número, o transporte por moto, são pessoas jovens, de baixa renda, que procuram um meio alternativo de locomoção, mais eficiente do que o transporte coletivo, de baixo custo e mais rápido, utilizando a moto para seu trabalho. Como são jovens, tendem a se arriscar mais e, proporcionalmente, são em maior número as vítimas dos acidentes.

A campanha visa pôr nos ombros do motociclista a responsabilidade de uma direção mais prudente. Isto é bom, aliás é pré requisito inclusive para a obtenção de uma carteira de motorista que ele efetivamente já conquistou, cuja operacionalidade também é paga pelos cofres públicos. Se um motociclista tem uma carteira de motorista sem ter a consciência de que o melhor para ele e para todos é a direção defensiva, já está aí instalado um problema. Uma causa a ser combatida...mas deixa pra lá...

Continuando...

Se eu tenho um motociclista que se arrisca mais, porque trabalha como entregador e suas contas, para serem pagas, dependem de sua rapidez na entrega, temos um novo problema, uma nova causa a ser combatida...mas deixa pra lá...

Se a mobilidade urbana é caótica, o transporte coletivo é uma falácia, e, a curto prazo, não se vislumbra hipótese de melhora, também temos um problema, mas continua deixando pra lá...

Se o acidentado ocupa um leito de hospital por mais de 30 dias, inchando o sistema público de saúde, dificultando que outros pacientes possam ocupar a vaga, para tratar de uma outra  doença (dengue, talvez? não, tuberculose - ainda tem gente, em 2011, morrendo de tuberculose, disse a voz do Brasil semana passada) forçando o médico a decidir qual paciente é mais grave e mas urgente, à custa da vida de um ou de outro na emergência, porque não há equipamentos para todos, temos aí um novo problema, mas deixa pra lá...

E tem mais...

Se, por força do acidente, temos um novo deficiente físico, que perde sua capacidade plena de trabalho, e passa ao grupo dos economicamente inativos, sustentado pelo grupo, cada vez menor, de economicamente ativos, temos outro problema, mas, que coisa, vou repetir, deixa isso pra lá...

Se os deficientes físicos continuarão com todas as suas limitações, com ajustes mínimos visando a melhoria, a inclusão cidadã e a participação ativa na sociedade, também temos problemas... ixi, deixa pra lá. Faz mais uma rampa de acesso e tá tudo certo.

Mais eficaz mesmo é a campanha de conscientização do motociclista...afinal, educação é tudo...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Panturrilhas


Já faz tempo que descobri que as panturrilhas são como corações. Bombeiam o sangue, de baixo para cima, impulsionam movimentos, estabilizam o andar. São músculos silenciosos, quase inexpressivos, mas que no corpo humano são essenciais à vida, à mobilidade e à sustentação.

Mas só o coração parece ter importância. É ele o órgão que aparece, que simboliza o amor, a paixão, é nele que lembramos quando nos vem algo bom à mente. Ninguém lembra da panturrilha...ela até nos parece feia, sem graça, desajeitada.

No entanto, suas funções são muito mais numerosas do que seu primo famoso, o coração. Este, se falhar uma única vez, põe em sérios riscos seu portador...pode ser até fulminante e acabar com tudo num meio segundo.

As panturrilhas, mesmo que falhas, podem ter ajuda uma da outra e costumam se recuperar rápido de lesões. Basta algum afago de nome fisioterapia, que tudo tende a voltar ao normal... O coração é mais turrão, não aceita qualquer intervenção e pode se rebelar a qualquer momento.

Não consigo perceber porque o coração, contudo, ainda ganha sempre o melhor status, o de bom moço. Talvez seja uma grande peça do meu quebra cabeça que ainda não esteja perfeitamente encaixado... Também não consigo vislumbrar qual o papel mais importante ou melhor: o de explosivo, certeiro e teimoso ou de silencioso, trabalhador e apático.

Acredito que todos nós passeamos ora por um papel, ora por outro, embora sem perceber. Ora corações, ora panturrilhas. 

Tal como no corpo humano, eles se completam. 

Saber a hora certa de ser coração ou ser panturrilha é uma arte!


segunda-feira, 28 de março de 2011

Os cem gols


Já é notícia velha: Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, comemorou neste domingo o seu centésimo gol. Pensei sobre o assunto. O que todos esperam de um goleiro? Que ele impeça o time adversário de fazer gols, certo?

Errado. E não vou falar aqui de futebol...(embora goste)

Vivemos num mundo transformado. Hoje, goleiros que são apenas goleiros, são somente goleiros, eternos goleiros. Não há diferencial. As pessoas esperam mais, esperam surpresas, esperam inovação, esperam novidades.

Um goleiro goleador, isto sim! Isto é notícia, isto é interessante, isto é espetacular.

Goleiros que insistem em ser somente goleiros, por melhores que sejam, ainda continuarão goleiros, e com alguma carga pejorativa dentro deste contexto. Um lugar ao sol, hoje, depende não só de sua formação acadêmica, mas também de toda sua bagagem cultural, aptidões, dons e até inteligência espiritual. Você é engenheiro? É apenas engenheiro ou sabe também comandar uma churrasqueira? Conta pontos, sim senhor...

Você é ator? Não sabe cantar... oooo, que pena. E você aí, é músico? Não sabe compor? e você médico, não toca instrumento de sopro? E de corda? E o advogado aí conhece ballet? O desenhista aí da esquerda sabe quem foi Newton? O filósofo sabe ler uma partitura? Joga video game? O policial manobra bem um Ipad? Sabe qual é a religião oficial do Tibete?

Mas o que é que Newton tem a ver com música? E com o que a religião se conecta? Para que preciso saber o que acontece na Líbia? Tantos porquês, tantas cobranças, tanta informação. A conectividade impera e o mundo é tão veloz quanto a luz. As informações circulam em todos os cantos do planeta que fica difícil saber de onde vieram...

Cem gols feitos por um goleiro são suficientes? Creio que não...

sábado, 26 de março de 2011

Dicas importantes...

Esse texto está passeando pela internet e caiu na minha caixa de correio. São 45 dicas de vida escritos por uma mulher de 92, que só pela idade merece ser ouvida...

Viva melhor, viva feliz!


1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno.
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.  Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você…
26. Enquadre todos os assim chamados “desastres” com estas palavras ‘Em cinco anos, isto importará?’
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo…
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa — morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Primeiras impressões


Eu sempre soube que a primeira impressão é aquela que fica. E talvez não seja propriamente a que fica, mas certamente é a mais difícil de ser desconstruída.

Somos humanos. E como tais, seres imperfeitos, em construção, em constante aprendizado. Falíveis, muitas vezes nos alicerçamos naquilo que o outro pensa sobre tudo, até sobre nós mesmos, para seguir adiante com um pouco mais de certeza, se é que é possível ter certeza de qualquer coisa que nos envolve.

É aí que mora o perigo.

Preocupar-se demais com que o outro pensa sobre nós é extremamente perigoso, e pode denotar falhas ainda mais perceptíveis, aquelas mesmas que queríamos tanto esconder. Revela nossas fraquezas, nossas incapacidades, nossas fragilidades.

E por que se preocupar então? Não seria mais fácil e lógico seguirmos adiante sem este peso? Por que parecer mais jovem, mais magro, mais interessante, mais inteligente, mais forte, mais maduro...? Revelar unicamente o que somos é tão mais fácil.

Mas todos, uns contra os outros ou uns pelos outros, fazemos concepções e ideias do que cada um representa. Todos, naturalmente, pelo que ouviu dizer, pelo que viu, ou pelo que ainda irá ver, já controi dados, formata pensamentos e define conceitos (pré conceitos) sobre o outro, de forma que uma vez definido, inicia o prazo temporal para que estas primeiras impressões se fortaleçam ou se modifiquem.

E o que dá o tom são nossas próprias atitudes. São elas que confirmarão aquilo que inicialmente foi pré concebido.

Aquela? Hum, parece-me interessante, um ar misterioso... Ele ali? Não sei, é muito disperso... E aquela outra? Uma eterna brincalhona, não leva nada a sério...Aquele tem uma aura inteligente que o envolve, sarcástico, irônico... Aquela me parece com ideias retrógradas, muito envelhecida... Aquele outro é infantil demais, sem conteúdo...

São tantas impressões que construímos uns dos outros... tantas falsas, umas até que se confirmam. Mas o verdadeiro susto levamos quando alguém nos revela, pessoalmente, o que pensava ou já pensou sobre nós mesmos.

Já levei alguns sustos, alguns positivos, outros negativos... às vezes tenho a impressão de que passo uma imagem muito diferente daquilo que realmente sou e isso me assusta um pouco. Outras vezes, percebo que estas falsas impressões são realmente falsas, pois se desconfirmam logo logo, revelando ao outro o que verdadeiramente sou.

Uma coisa é certa. Todas as vezes em que me assustei com a falsas impressões do outro sobre mim mesma, fui surpreendida com um conceito muito melhor, mais certeiro e fiel ao meu verdadeiro 'eu'. E isto é bom, isto é muito bom.


Com sensibilidade e respeito, tudo acontece para o melhor. 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Má fé


Esta semana foi extremamente corrida, e a próxima também será. Estou às voltas com minha segunda profissão: professora. E isto dá um verdadeiro nó em minha rotina e até o blog sentiu meu abandono nos últimos dias.

E aquela coisa de que o professor mais aprende do que ensina? É a pura verdade.

Não tem uma aula que eu não ministre que não provoque em mim milhares de pensamentos reflexivos, coisas que invadem minha alma em torno do que ainda não pensei... um outro ângulo, uma nova perspectiva, um recomeço... É muito bom, é oxigenador.

Falava eu sobre a boa fé, um dos requisitos essenciais da contratação e coisa e tal. Eis que aponta o dedo um aluno interessado e lasca a pergunta... Agora que você tocou neste assunto, eu estava aqui refletindo... só existe a exigência de boa fé porque há a má fé. Do contrário, exigir isto não seria necessário.

Ora pois, é verdade.

Se partirmos da premissa de que todos agem em boa fé, não haveria necessidade de nenhum mecanismo corretivo contra a má fé. Seria este aluno, junto com sua professora, mais um rebelde sem causa? Penso que não.

Ainda continuo acreditando que o bem sempre prevalece, que é uma força maior, mais coesa, mais potente, mais forte do que o mal. Ainda que se transfigure de bondade, tal como um lobo em pele de cordeiro, a maldade tende a sair vencida do combate.

Já tive provas concretas dessa dinâmica... e ainda tenho outras chances de vê-la de novo acontecer. Espero, com convicção, a hora certa... ela chegará...

terça-feira, 15 de março de 2011

Casa bagunçada



Esta semana, a tag mais comentada no twitter foi #kemika...Mas que diabo é isso?

Fui pesquisar.

Descobri, estarrecida, que se trata de uma simpática japonesa, que ficou famosa ao participar de um quadro do programa Caldeirão do Huck, o Lar Doce Lar, onde o intrépido apresentador reforma e mobilia a casa de uma família necessitada. Dona Kemika foi uma destas personagens.

O interessante é que ao entrevistá-la e conhecer a casa, onde morava ela com suas duas filhas, o apresentador deparou-se com a maior bagunça já vista em todos os tempos. Era lixo misturado com roupa, sujeira com resto de comida, fios desencapados com cadeira virada no chão, lama com latões, trouxas e caixas... o troço parecia que tinha passado por um furacão, longe de ser um local habitável.

Pois bem. Seis meses depois de reformar a tal casa bagunçada, o apresentador volta para saber como estava o Lar Doce Lar da Dona Kemika.

A decepção foi grande, pois a sujeira e a bagunça inacreditavelmente voltaram a povoar o local. A pergunta que não quer calar... como é que alguém consegue viver num ambiente tão desorganizado?

Não posso dizer que minha casa seja um primor de organização, eu também tenho lá as minhas falhas, minhas preguiças e meus dias de 'deixo isso pra amanhã'. Mas o padrão da D. Kemika realmente é algo inusitado. O apresentador dizia... mas vocês não sentem agonia, não sentem vontade de pelo menos conseguir circular pela casa, sentar numa mesa, poder comer num local adequado, assistir uma televisão num sofá, qualquer coisa do tipo...normal?

D. Kemika só respondia 'não é preciso ter pressa', 'não gosto de me incomodar com essas coisas'... etc, etc.

É, ninguém gosta, mas todos gostamos de um ambiente habitável.

Comparada à D. Kemika, nunca mais eu vou iniciar a entrada de uma visita dizendo 'não repara a bagunça'... não será preciso.

Confesso que depois de ver uma reportagem como essa, entendo porque a tag #kemika foi a mais citada do twitter. É realmente inacreditável. Aqui em casa agora, ao pedir que alguém recolha algo que está fora do lugar, basta dizer...olha a kemika!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Hora do café...


Eu adoro tomar café (#fato). Ultimamento tenho tomado purinho, pretinho mesmo, sem açúcar, sem adoçante, sem nada, pelo puro prazer do sabor.

Mas, na verdade, o que eu gostaria de abordar hoje é o poder que o café tem sobre as pessoas. E nem é o café em sim, mas sim a hora do café... aquele momento sagrado em que as pessoas se reúnem, num ambiente qualquer, pode ser até mesmo no trabalho, em casa, na viagem... para aquela pausa recarregadora, onde as armas são abaixadas, quando o espírito se abre, quando o formal cede lugar ao informal.

Certa vez, ao conversar com um ex-chefe, um advogado mais velho e muito mais experiente que eu, recém formada na época, comentou que a primeira providência dele, ao conquistar os primeiros honorários, foi comprar uma fazenda onde ele pudesse receber pessoas, amigos, potenciais clientes, enfim, gente do interesse dele para que ele aproximasse as relações sociais ao máximo.

Na época, confesso que achei aquele raciocínio um pouco estranho, meio egoísta até, mas hoje compreendo melhor o que ele quis dizer. Na verdade, a hora do café, ou da cerveja, ou de qualquer coisa que retire a pessoa do ambiente formal, sisudo, técnico, é capaz de revelar aos demais o verdadeiro ser que ali habita.

É com a informalidade que se descobre quem está por detrás da máscara firme, por vezes antipática, por vezes tímida ou temerosa. É na hora do café que as conversas ficam mais fáceis, mais risonhas e menos carrancudas... É na hora do café que encontramos amigos e até amores...

Ficamos mais descontraídos ao sentarmos para uma boa xícara de café.

É ou não é um grande poder?


Dieta Coletiva - semana 11


Hummm, essa semaninha até que foi boa. Eliminei dois quilos, acho que foi o período mensal característico. Eu também ajudei, cumpri minha meta na mesa, no pilates, tudo certo.

O resultado hoje veio na balança. Sim, o ano definitivamente começou.

A contagem regressiva para o casamento do meu irmão também. Não quero parecer uma bolacha trakinas nas fotos.

Força na peruca!


sexta-feira, 11 de março de 2011

Dilema de mãe...babá...será?


Desde que minha pequena nasceu, e agora já nem é tão pequena assim, já estava tudo muito resolvido na minha cabeça. Sou uma mãe que trabalha, sempre trabalhei e quero continuar assim, isto também está resolvido. Assim optando, obviamente, houve, em algum momento, a necessidade de delegar a alguém a tarefa de cuidar de minha filha.

Nunca me passou pela cabeça contratar uma babá. E pelamordedeus, não condeno, de jeito nenhum, quem tenha assim optado. É uma coisa minha, uma convicção só minha, experiências que quero aqui compartilhar, relatadas sob meu ponto de vista. 

O serviço doméstico em geral, para mim, é muito complicado. Contratar faxineira então, nem se fala. Passo por um processo duro de ter que abrir mão da minha intimidade, do meu canto, da minha independência para permitir que alguém circule pela minha casa. Tanto é que muitas vezes, como agora, prefiro executar todas as tarefas da casa simplesmente para não ter que abrir mão disto tudo. Uma rebeldia que me custa caro, mas por enquanto, está tudo sob controle (eu acho).

Com certeza, por isso, a dificuldade em aceitar uma babá tenha sido maior. Obviamente, que se contratasse uma, além de selecionar rigorosamente, gostaria que fosse uma profissional de qualidade, não uma aventureira, e que tivesse muito amor pela profissão e pela criança. Sinceramente, é aí que mora o perigo todo. Além de depender exclusivamente da pessoa para trabalhar, ou seja, se a babá adoecer ou por qualquer outro motivo faltar ao trabalho ou chegar atrasada, tudo desmorona (quem é mãe sabe exatamente o que é ter sua rotina desmoronada por um simples detalhe), tem ainda o fato de obrigatoriamente criar-se vínculos afetivos com seu filho, numa proporção tão intensa que pode ser confuso, para a criança, para a mãe e para a babá, em seus diversos papéis.

É claro que se a mãe, chegando do trabalho, parte para o seu papel integral, esses reflexos amenizam, e muito. Mas talvez, na prática, nem seja tão simples assim. Já vi de perto relatos dramáticos sobre esses vínculos naturalmente feitos, dia a dia, devagarzinho, quase sem perceber e que por instantes maiores do que o conveniente, geraram troca de papéis difíceis de reverter.

Já soube de criança de três anos que teve que ir a psicólogo para saber reconhecer sua mãe como mãe, e não a babá. Já vi babá chorar de saudade, junto com a criança, com a mãe assistindo à cena, sem reações. Já vi babá tomar lugar de mãe, educando e dando limites ao pequeno, muito além do necessário. Já soube de relatos de maus tratos também.

Isto tudo é muito complicado. A escolha entre a babá e a escola infantil é realmente um grande dilema e continuará sendo para todo sempre. Existem prós e contras para todos os lados. Mas eu, no meu mundinho e na minha pouca experiência, sou uma defensora árdua da escolinha infantil. Além de todo este lado estar resolvido, pois os vínculos são profissionais e passageiros, no limite certo do carinho e da responsabilidade, vem ainda a integração social, a brincadeira com amiguinhos da mesma idade, o treino para a paciência e para a não atenção exclusiva (sim, a vida é dura mesmo!), vem o 'saber dividir', vem o aprendizado e um salto no desenvolvimento intelectual (linguagem, reflexos, coordenação motora, fala, e tantos outros) impressionante.

Para a mãe, é muito mais fácil cobrar daquelas profissionais do que de uma babá que fica, sozinha, em sua casa, com seu filho. Saberia ela lidar bem com uma bronca daquelas? Ou uma cobrança mais forte? Não sei, são perguntas que nunca quis responder e já decidi rapidinho o que fazer. E - S - C- O - L - I - N - H - A.

Portanto, se você está neste dilema, e tenho muitas amigas, cunhadas, queridas, nesta situação, não hesite em optar por uma escolinha. Confesso que já conheci tantas profissionais de gabarito, dedicadas, responsáveis e incríveis que não vejo razão nenhuma para ter medo da escolha.

Seja criteriosa ao visitar as escolas, opte por alguma perto de seu trabalho (para as  emergências) e fique sempre muito atenta, todos os dias, em tudo que circunda a vida de seu filho, que o resultado é garantido!

Cuide-se



Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico, e nos serve de lição para enfrentar os problemas que nos afligem, nos cortam e nos tiram a paz.

Nossa saúde plena é o bem mais precioso. 

É o que nos permite lutar, manter, renovar, continuar e crescer.

Diz assim:

O resfriado ocorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
O coração infarta quando chega a ingratidão.
As neuroses paralisam quando a 'criança interna' tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam a fronteira da imunidade.

Concluindo: a prevenção só depende de nós!
Cada criatura colherá da vida não só pelo que faz, 
mas também conforme esteja fazendo aquilo que faz.

(Autor desconhecido)

Bom fim de semana!



quinta-feira, 10 de março de 2011

Talento e inovação incomodam muita gente...


Algo que me incomodou muito esta semana foi o resultado do desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Não quero aqui tecer considerações sobre esta ou aquela agremiação, nada de bairrismos ou sardinhas puxadas para o lado de quem quer que seja.

Quero esclarecer bem que não sou fanática nem torcedora de qualquer Escola de Samba.

Falo sobre talento. Um talento tamanho que não foi capaz de vencer o desfile. A Beija-Flor deve ter seus méritos, não sou técnica no assunto, sou apenas mais uma espectadora. Mas nada pode ser comparado ao carnavalesco Paulo Barros, da Unidos da Tijuca.

O que ele fez na Sapucaí não é comparável a nenhum outro espetáculo da mesma natureza. Talvez Joãozinho Trinta, décadas atrás, tenha sido tão inovador quanto ele, mas como era muito pequena, ainda não prestava muito atenção no assunto.

Lendo temas variados na internet, deparei-me com este texto de Zeca Camargo, o apresentador do Fantástico que foi flagrado cantando e vibrando na Avenida, ao longo do desfile da Tijuca. Ele redigiu com maestria exatamente o mesmo sentimento que tento repassar aqui agora, e que também senti ao ver campeã a Beija Flor.

Paulo Barros foi absolutamente fantástico. Conseguiu fazer com que meus olhos aguentassem firme, às três horas da manhã, o fim de seu desfile, tantas eram as surpresas que estavam na avenida. Um trabalho realmente excepcional, estupendo, magnífico, diferente de tudo o que já havia sido ali exposto, capaz de contagiar, encantar, surpreender...

Tomando por base a 'derrota' da Unidos da Tijuca consigo fazer uma analogia ao nosso próprio cotidiano, onde muitas vezes ousar significa ser rejeitado, quando demonstrar talento afasta e reprime, onde inovar acaba sendo interpretado como ultrapassar limites não permitidos.

Em seu texto, Zeca Camargo assim expôs: "No nosso dia-a-dia, somos cercados de “mais do mesmo”. Olhe aí, em volta de você agora, enquanto está lendo este texto. Tudo igual, todo mundo fazendo o que é mais confortável, seguindo o caminho mais fácil, tentando não chamar atenção… Não, assim não gosto – assim eu não acredito que a gente muda nada, que o mundo anda… Pelo contrário, é o próprio mundo que me provoca a pensar em tudo de um jeito diferente. E quem pensa assim comigo, já é meu herói. Como esse tal de Paulo Barros – o vencedor!"

E não é que é assim mesmo? Enquanto a Tijuca desfilava, ouvia horrorizada os comentários dos 'entendidos' dizendo que o desfile estava muito repetitivo, muitas alas coreografas, e que tudo parecia muito igual ao desfile do ano passado do mesmo carnavalesco. Ora, sinceramente, faça-me o favor! Se tivessem um décimo do talento de Paulo Barros, certamente teriam algo melhor a dizer.

Depois de assistir ao desfile da Tijuca, tudo pareceu-me muito sem graça, nada tinha o mesmo brilho, o mesmo encantamento... e nada conseguiu prender minha atenção àquele ponto.

Sou uma incansável admiradora do talento alheio. São estes talentosos, ousados e inovadores gênios que fazem o mundo andar, dar saltos à frente. São eles que impulsionam os que não tem coragem, eles que lideram as massas, que gritam primeiro, que arrancam suspiros, que emocionam, que encorajam, que fazem diferente.

Seja no Carnaval, na música, no cinema, na literatura, na pintura, escultura. Seja em casa, no trabalho, na praça, na reunião do condomínio. Seja no projeto social, na favela, no palácio, na política, no serviço público, nos hospitais. Seja na escola, no trânsito, no avião, no barco, na universidade. No restaurante, na praia, no circo... Em qualquer lugar, talentos devem e merecem ser reconhecidos, exaltados e aplaudidos sempre. 

Mesmo que os críticos, os especialistas e os famosos entendidos assim não compreendam. Mesmo que demore, mesmo que doa, mesmo que a vitória não chegue a tempo. Mesmo assim, é preciso reconhecer um talento e inovar sempre.

Disse Paulo Barros, numa entrevista antes do desfile: “O que eu quero fazer é uma grande festa. Mais do que ganhar o desfile, se eu conseguir levar um espetáculo deslumbrante em que todo mundo se divirta, eu vou ficar feliz”. 

Um talentoso sempre se satisfaz quando atinge os objetivos que ele mesmo traçou. Ele, com certeza, conseguiu os dele. Que assim sejamos todos nós, ao explorarmos nossos talentos. Que ninguém precise reconhecê-los, porque incomodam, invejam, ridicularizam.

Faça a sua parte que tudo fica certo! 


Ironicamente, o primeiro verso do samba enredo da Tijuca era: 'Tá com medo de quê?


Inspire-se, inove, faça, ouse... sem medo!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Renascer


Este dia teve um significado especial para mim. Como Phênix renascendo das cinzas, também renasci hoje, ainda que só um pouquinho.

Revivi uma rotina que há muito tempo foi deixada para trás. E preenchi minha mente de boas ideias e de grandes esperanças. Extirpei falsas promessas e falsas pessoas. Aprendi a filtrar melhor o que está ao meu entorno.

Tenho uma pequena semente brotando, ainda tímida, mas esperançosa, ainda temerosa, mas valente, ainda pequena, mas com grandes perspectivas.

A cada passo, um novo começo, a cada volta, uma renovação, a cada recuo, mais força.

Assim estou agora. Renovada, renascida, realimentada.

O ano verdadeiramente começou, sob determinado aspecto...
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