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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Vai uma palmadinha ai?

Em comemoração aos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou mensagem que encaminha ao Congresso Nacional um projeto de lei para proibir a prática de castigos físicos em crianças e adolescentes.

O assunto não deixa de ser polêmico. É a intervenção total do Estado no ninho familiar, na educação primeira de uma criança, coisa que o próprio Estado falha, na condução da formação acadêmica.

O texto do novo projeto de lei, assinado pelo presidente Lula, define como tratamento cruel ou degradante qualquer tipo de conduta que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança ou adolescente. Apanhar, seria uma destas situações.

O que verdadeiramente chama a atenção da sociedade é que o Estado aponta como possível a educação familiar de outra forma, evitando o uso da palmada ou qualquer outro castigo físico, valorizando assim a conversa, o diálogo e as restrições como métodos mais eficazes. Neste sentido, a proposta é louvável.

Eu bem sei que o castigo à moda 'SuperNanny' tem efeitos concretos e imediatos. Aquele em que você coloca a criança no cantinho do castigo e determina que ela deve ficar lá, pelo tempo de minutos X idade da criança. Por exemplo: se seu filho tem 2 anos, dois minutos, três anos, três minutos, e assim por diante... confesso, desde que apliquei isso por aqui, a mágica se fez.

Não se pode negar que uma birra de criança no meio da rua justifique ao pai ou mãe aplicar um castigo físico na frente de todos. Primeiro porque a educação e os limites se dão dentro do lar, e não num passeio. Em segundo lugar, naquele momento, nada resolveria, a não ser ir embora e 'castigar' a criança com o fim do passeio. Ninguém aceitaria ver uma criança ser 'corrigida'  através de palmadas.

Todavia, dentro de casa, a situação é mais aceitável, até porque cada um sabe dos limites que precisa e quer impor ao seu filho. O projeto de lei só veio alterar essa realidade, dizendo que o Estado não aceita sequer esse castigo físico dentro de casa.

O assunto merece estar em voga exatamente pela reflexão que provoca. Espero que muitos pais praticantes das palmadas, e mesmo aqueles que não as praticam, possam rever seus conceitos educacionais, buscando com isso a melhor forma de impor limites às crianças, hoje tão carentes destes conceitos simples. Respeito, amor, solidariedade, fraternidade, companheirismo começar a ser incutidos desde cedo. Respeitar sua vez na fila do lanche, amar ao próximo como a si mesmo, solidarizar-se com a dor alheia... todos estes elementos são absorvidos pela criança na diária leitura de mundo que ela faz. Portanto, antes da palmada, reveja suas atitudes, seus exemplos como cidadão, seu discurso aliado à prática, e disponibilize ao seu filho momentos de conversa, diálogo profundo, aberto e sincero.

A sociedade agradece...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Assustada!!!!

Já passei dos trinta anos, e ainda existem coisas que me assustam. Não estou falando de baratas, ou de injeção, ou qualquer coisa comum. Estou falando dos sustos grandes, aqueles solavancos da vida que te pegam de surpresa, te chacoalham e determinam... ei, sabia que você ainda não viu de tudo? Pois fique sabendo que tem mais...

Falo destes sustos.

Pois bem. Depois de uma semana de sustos noticiários por aqui, que iniciam com mortes de jovens no trânsito, até findar com o abandono de recém nascido em vaso sanitário (e ele sobreviveu...), alcançamos o ápice com rumores na política, corrupção, vantagens, tropeços municipais e estaduais, articulações, conchavos e outros bichos... já ficou claro pra mim que ainda não chegamos no fundo do poço.

Uma querida amiga, confessando dificuldades na vida, certa vez, me disse... eu não sabia que o fundo do poço tem porão... pois é, tem mesmo, constatei essa semana.

Nunca efetivamente chegamos ao fundo do poço. O ser humano consegue nos surpreender sempre e cada vez mais...o problema é quando acreditamos encontrar o fim da estrada, onde todos os degraus foram descidos e nos deparamos com uma escadaria ainda mais longa, que nos leva ao porão do fundo do poço... aí é de perder as estribeiras mesmo... é de anestesiar.

Assustada eu fico quando percebo abrir-se nova escadaria que leva a mais fundo nas maldades e trapaças, onde ratos e baratas asquerosas passeiam livremente posando de anjos e, mesmo descobertos, continuam sorrindo e batendo em suas costas como se nada estivesse acontecendo.

Assustada eu fico quando vejo pessoas traindo outras, em todos os sentidos, quando não falam o que pensam, quando são duas-caras ou quando permitem que o sucesso seja algo negativo, na medida em que pisam nos demais. Quando os sete pecados capitais se materializam nas atitudes: preguiça de lutar, falsa ira, luxúria por  dinheiro, vaidade pelo cargo, orgulho irreal, gula por vingança ou avareza nos desfechos.

Igualmente assustada eu fico, toda vez que o fundo do poço se abre ao porão... e aí fica a pergunta... será que chegamos ao porão do fundo do poço ou tem mais? Veremos...

O importante é nunca adormecer o direito de se indignar. Ainda tenho isso muito latente. 


terça-feira, 20 de julho de 2010

Tua música...

No caminho para o trabalho, hoje pela manhã, uma música linda toca na rádio... sempre amei Elton John e, no Brasil, Gilberto Gil. Para mim, são os maiores poetas da música. Conseguem fazer poesia recheadas de notas musicais.

A música que tocava hoje era "Your Song". Em um determinado trecho, há a seguinte estrofe (traduzidinha): E você poderá contar para todo o mundo que esta é sua canção...Talvez ela seja bastante simples, mas agora que está terminada ... Eu espero que você não se importe que eu tenha colocado em palavras... Como a vida é maravilhosa enquanto você está no mundo".

Evidente que nem precisava me estender muito... a poesia da letra é um verdadeiro bálsamo aos eternos apaixonados. Sinto-me privilegiada em ser alguém que encontrou e compartilha a vida com o verdadeiro amor.

Meu marido... pena eu não ter o talento de Elton John para te escrever uma música especial, mas considere esta a tua música. Espero que você não se importe pelo fato de eu expor aqui na blogosfera o quanto te amo... a vida é maravilhosa ao teu lado... meu mundo é maior e mais feliz ao seu lado! 

E parafraseando Gilberto Gil em 'Drão': nosso amor renova-se como um grão... morre nasce trigo, vive e morre pão...

domingo, 18 de julho de 2010

A borboleta

Existem cenas que te emocionam naturalmente. As inusitadas, então, aquelas que te pegam de surpresa, mais ainda.

Num dia absolutamente comum, estava saindo do prédio onde minha mãe mora, eis que me deparo com uma cena interessante. Um senhor, parado ao lado de seu carro, na garagem, observando e contemplando uma bela borboleta. Dizia a todos que ali passavam... olha só, que linda, fazia tempo que não via uma dessas... olha as suas cores, olhe o formato das asas, olha que delicadeza de inseto!

Parei, olhei e continuei meu caminho. Num primeiro momento aquela cena mais pareceu aquela propaganda em que todos ficavam em volta de um vasinho, felizes da vida por estarem diante de uma flor...e uma voz dizia...'você precisa se aventurar mais'.

Evidentemente que a urbanização das cidades nos afastou um pouco do ambiente natural. O concreto acaba estando mais presente do que uma floresta, ainda mais em minha cidade, onde não se cultiva muito a exploração de parques e floresta nativa. Por tais razões, é corriqueiro não prestarmos atenção nestes pequenos detalhes. A agitação do cotidiano, muitas vezes, não permite.

Mas o que me chamou a atenção, realmente, naquela cena inusitada, não foi a contemplação daquele senhor, muito pelo contrário. A borboleta era linda mesmo, elogios eram inevitáveis. Mas o simples fato de se parar, olhar e perceber o que há de bonito em volta, nos dá uma pausa de segundos que podem fazer a diferença no seu dia. Foi o que aconteceu comigo.

Aquela cena ficou gravada em mim para mostrar o quanto é importante perceber o que há de belo em minha volta... o nascer e o pôr do sol, a chuva que molha, os pássaros construindo os ninhos, as ondas do mar, o sorriso de uma criança. Há tanta coisa linda que nos cerca e nos preocupamos tanto com coisas realmente insignificantes: o trânsito infernal, os desafios do trabalho, o cansaço...

Fazer os dias mais leves e produtivos só depende de nós mesmos. O trânsito continuará caótico, haverá sempre novos desafios a enfrentar, e o corpo sempre precisará de descanso... E você, há quanto tempo não observa as cores do céu, as estrelas, cheira o belo perfume da dama da noite ou ouve os barulhos de grilo?

Mantenha sempre vivo o 'momento borboleta'... ele faz a diferença.

Sapatos...vermelhos...

Estive hoje em um novo shopping, inaugurado recentemente por aqui.

Nada de muito inovador, aquela coisa normal... até que me deparei com uma bela loja, enoooooorme, um autêntico atacadão de sapatos.... ah, que maravilha... 

Maridão compreensivo, ficou com minha pequena e me deixou livre naquele paraíso por mais de uma hora. E lá fui eu, felicíssima.

Estava à procura de uma bota... as minhas velhinhas já deram pro gasto (sempre temos uma boa desculpa pra comprar sapato novo). Inverno à toda por aqui, natural querer comprar uma bota nova... pois bem. A liquidação era total, modelos novos, saltos altíssimos, muita variedade. Deliciei-me.

Escolhi uma. Mas, eis que de repente, vislumbro um encantador sapato vermelho. Achei aquele pelo qual eternamente sonhei. Bico fino, salto altíssimo, inacreditavelmente confortável e com preço bom. Levei, claro. 

Mulheres têm uma fascinação pelo sapato, e eu não sou diferente. Mas não é por qualquer sapato... tem que ser alto, de bico fino e de aparência elegante e sedutora. Sapato baixo, credo... bico largo, pelamordedeus... tênis, sandália de dedo, aaaarghhhhh, que terror! Até minha sandália de praia tem saltinho, porque não se pode perder a elegância nunca. Quem me conhece, sabe... se eu estiver com um sapato diferente, pode crer que é momento depressivo, revoltada ou coisa que o valha. As vezes que tive que forçadamente fazê-lo, na gravidez, por exemplo, são dias que eu não quero que voltem nunca mais... perdi o charme totalmente, cruzes!!!

Enfim, estou de sapato novo vermelho, lindíssimo. Arrasarei na segunda-feira!

sábado, 17 de julho de 2010

Saudades...

Minha avó estaria completando 95 anos esta semana, se estivesse viva.

Ela faleceu há poucos anos, resistiu muito a derrames, problemas cardíacos, até sucumbir pelo Alzeihmer.

Ela foi um exemplo pra mim. Sinto muito a sua falta, o seu carinho, seu jeito meigo e seus braços sempre abertos para um afago. Sua voz mansa sempre me disse boas frases, conselhos para a vida, que ficarão para sempre em minha memória. 

A idade avançada só lhe permitia fazer as coisas com lentidão. Ela era uma pausa agradável da minha vida turbulenta. Observar seu passo manso, seu sorriso calmo, seu olhar azul royal... ah, como me faz falta.

Um exemplo de pessoa. Nunca falou mal de ninguém, para ela, tudo estava sempre bom... nossa simples presença era o maior presente pra ela. Ela era a união da família de minha mãe. Depois de sua morte, muito disto se perdeu, infelizmente.

Casou com o grande amor de sua vida... e que amor, uma cumplicidade ímpar, rara de se ver no mundo de hoje. Ficou viúva e viveu só por mais de 20 anos até falecer, sempre lembrando do seu grande amor com carinho e emoção, até seu último respiro. Trabalhou muito, teve seus filhos e os criou com dificuldades e muita dignidade. Viveu uma vida de amor, um núcleo intocável.

Seus cabelos brancos lhe renderam muitos apelidos carinhosos... e ela ria de todos. Uma risada gostosa, tímida, completa...

Vó, onde você estiver, tenha a certeza de que faz muita falta por aqui... e sempre fará... 

Eternas saudades de você, meu pintinho branco...

Conforto canino

Tenho duas cachorras. Uma pastor alemão, excelente cão de guarda, companheira e carinhosa, tem sete anos. A outra é Beagle, daquelas espoletas ativas, que está com quatro meses.

As duas tem suas respectivas casinhas, feita de alvenaria, com piso e telhadinho combinando com a minha casa. Mas, com o frio que está fazendo por aqui, estava tapeando com algumas toalhas grossas, uns cobertores mais velhinhos, enfim, algo com que elas pudessem se aquecer confortavelmente e passar os dias frios sem chance de pegar uma gripe.

Não estava dando muito certo, principalmente por causa da pequena, que achava as toalhas e cobertores muito legais pra enterrar, rasgar e tudo mais, menos se aquecer.

Há dias, portanto, estava à procura no comércio de algo útil e que fosse menos atraente para a Beagle destruir. A primeira e última caminha que comprei pra ela virou traça. Rasgou tudo...e era tão bonitinha...Não gasto mais um centavo comprando caminha pra ela.

Levei um susto. É claro que já tive oportunidade de bisbilhotar em pet shop's, e sei que existe de um tudo pra cães, mas realmente, acredito que já passaram dos limites neste quesito.

Vi bebedouros térmicos, para manter a água geladinha, caminhas de camurça, pelúcia, e todo tipo de tecido finíssimo, pra mais de duzentos reais. Plano odontológico, ração caríssima, acupuntura canina, absorvente para as cadelinhas menstruadas, toucas, lacinhos, perfumes de todas as fragrâncias, enfim. Há uma exploração do sentimento amoroso pelo bichinho de estimação. Exploração comercial. Talvez as pessoas nem percebam a inutilidade de tudo isso. Cachorro é cachorro, e continuarão sendo eternamente cachorros. Eles detestam roupas, laços, perfumes então? Espirram demais...

Tudo o que eles precisam é um ambiente limpo, água fresca e abundante, ração, carinho e atenção. Impor limites a eles também é bem salutar e saudável... nada de ficar circulando pela casa, pulando em cama e sofá, lambendo as visitas ou metendo a pata indesejada onde não deve. Cuidar do comportamento canino faz parte da educação. Cachorro mimado é insuportável. 

Resolvi o problema do inverno das cachorras com dois belos tapetes, grossos e quentinhos, na promoção por R$ 11,90 cada um, daqueles trançadinhos, bem bonitinhos e artesanais. Dois ganchos escondidos, amarrei...a Beagle não vai conseguir destruir.


Liberei-me para escolher as cores... rosa pink e lilás/roxo, o must do inverno... afinal, elas são meninas...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vida de Inseto

Hoje teve sessão de cinema aqui em casa. Sim, cinema mesmo, com direito a tela grande, som mega surround e pipoca, claro.

A proposta de filme: Vida de Inseto. Uma sessão familiar, curtida com minha pequena de 5 anos. Eu lembro de já ter visto esse filme, mas devo confessar, minha memória para títulos, enredos e nome de artistas é mais do que péssima, é nula.

Portanto, talvez até tenha visto alguma vez, mas mesmo que repita, parece ser sempre a primeira, por absolutamente não conseguir lembrar de uma só parte.

Enfim, escurinho e pipocas em mãos, o filme começou.

Já estou ficando craque em chorar em filmes infantis. Semana passada foi com o 3D Toy Story 3 (recomendo muitíssimo) e hoje com o velhinho Vida de Inseto.

O que eu mais curto em filmes infantis não é só o fato de eles serem belíssimos, engraçados e divertidos... é a mensagem que passam. Com certeza, os animadores pensam que a mensagem deve ser direcionada ao público mirim, seu principal foco, mas em verdade, eles são tão espetaculares que fazem os pais refletirem muito sobre a história que se passa encantando os filhos.

A cena mais marcante pra mim em Vida de Inseto foi quando um gafanhoto (o vilão da história) começa a massacrar fisicamente e violentamente uma formiguinha (o herói). Esta, machucada e quase sem forças, quando todos imaginavam que estava derrotada, ao escutar o discurso do gafanhoto pseudo-vitorioso, levanta-se com dificuldade e diz: NÃO, nós não fomos feitos para servir vocês... nós somos os mais fortes.... eu já vi estas formigas fazerem tudo de incrível e vocês, gafanhotos, não sabem fazer nada, só sabem sugar e explorar... nós somos os vencedores, jamais aceitarei a idéias de que só nos resta servir vocês... NUNCA!

E com esse discurso inflamado, a formiguinha machucada consegue instigar todo o formigueiro que se rebela e se volta contra o pequeno grupo de gafanhotos, vencendo a batalha. Eram mais fracos fisicamente, mas o conjunto e a força de todos fez a diferença.

Pra mim, que não lembrava nada disso, a história caiu como uma luva. Um mergulho nos instintos de sobrevivência, de força e de entusiasmo. Uma palavra, um discurso só, tem a capacidade de mudar a história. Um discurso de não à entrega, de não à aceitação, de não à passividade.

Isso só me instiga a continuar. Continuar a batalha da Vida até a vitória, com a responsabilidade do discurso  formador de opinião.

E viva a formiguinha!


sábado, 10 de julho de 2010

Clicar e coçar é só começar


Manias são engraçadas. Não sabemos exatamente o porquê elas aparecem em nossas vidas, mas estão lá, e isso é fato.

Uma das minhas manias mais características é jogar jogos esdrúxulos... sim, porque quem é que em sã consciência, em dias como o de hoje, gasta seu tempo em jogos bobocas, aos milhares disponíveis na internet.

Ouso dizer, eu gasto. E com prazer.

No orkut, os clássicos fazendinha e colheita feliz já tiveram sua febre, e eu já participei. Agora, o novo está no Café Mania, uma graça de lanchonete que você administra.

Sites de jogos também acesso com frequência, naqueles momentos em que você precisa relaxar, desligar do mundo, ou apenas passar o tempo. Os da marca deluxe são os meus favoritos. Cartas, minha paixão. Encontrar objetos, idem.

Até no msn, quando encontro um parceiro disposto, convido pra jogar alguma coisa... Recomendo, vale a pena testar.

E você leitor, vai uma partidinha aí?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Supermercado também é cultura

Eu ainda gosto de ir ao supermercado. Confesso que há tempos atrás gostava mais... era praticamente um passeio. Curtia tudo, as novidades, comparava preços, ficava horas na sessão de decoração, eletrodomésticos... convenhamos, o supermercado de hoje em nada se compara com os de antigamente.

São praticamente shoppings... Têm de tudo. TV's, brinquedo, roupa de cama e cebola, tudo no mesmo ambiente... o templo do consumo.

Com criança pequena, ir ao supermercado não pode ser comparado a um passeio tranquilo. A pequena só quer ficar na sessão de brinquedos, e é difícil convencer que uma passadinha nos materiais de limpeza é 'bem legal', ou ver as meias que chegaram, as pastas de dentes...

Já criei algumas táticas interessantes. Entreter a criança com algumas tarefas simples, do tipo, escolher as batatas, o macarrão ou o suco preferido... ela ajuda e eu consigo vencer a lista mais cedo, sem muitas complicações. Também não posso reclamar do comportamento dela, pois nunca tive que passar pela humilhante sensação de arrastar o filhote berrando pelos corredores porque neguei alguma coisa... ela ainda aceita os 'nãos' com certa submissão hierárquica.

O problema está na dose do consumo. É evidente que se nos encantamos, os adultos, com as várias opções que temos diante da compra necessária, imagine a criança. Se vamos à sessão de temperos, que deslumbre, tem de tudo, a gente não sabe nem pra que serve tanta especiaria, mas eu adoro levar aquelas mais malucas, coloridinhas e bem desconhecidas, nem que isso represente uma péssima surpresa ao jantar. Passando nos eletrodomésticos, namoro a adega, a cafeteira expresso e o vídeo game. Tem também um DVD interessante, uma travessa linda e um relógio de parede encantador...ah, e os copos... adoro copos! E plásticos.. já viu alguém gostar de pote de plástico? Eu adoro... só ver mesmo, nas prateleiras... não compro nada. Na minha cozinha, só vasilhame de vidro... mas os plásticos me encantam, sei lá porque... tem sempre uma novidade interessante e útil... outro dia vi um conjunto plástico para picolé, lindinho e um copinho infantil que era uma sanfona, virava uma moeda grande, prático pra colocar na bolsa e sacar quando a filha pede água. Baldes, organizadores de plástico, de vime, sessão de toalhas, tapetes, lençóis... tudo é bom de ver.

Entendo minha filha. Por enquanto o mundo dela está na sessão de brinquedos, e lá ela aprenderá a curtir o novo sem necessariamente comprar absolutamente tudo... aprender a dosar o consumo necessário e o supérfluo é uma lição pra vida toda. Mais adiante, ela só trocará de corredor no supermercado...


terça-feira, 6 de julho de 2010

Reflexões sobre a mola

O cotidiano de uma pessoa é realmente riquíssimo. Sinto-me privilegiada por ter este blog, pois me fez prestar atenção ainda mais em tudo que me cerca, sempre à procura de um bom tema reflexivo e que interesse quem está do outro lado da telinha.

O engraçado é que não preciso fazer nenhum esforço. Durante o transcorrer do dia, inúmeras são as fontes inspiradoras. Uma notícia, um encontro, o café da manhã, um comentário na rádio, uma imagem em outdoor, o tédio do trânsito, o sorriso da filha, o esforço do outro, uma velhinha que atravessa a rua, um protesto... tudo é motivo de reflexão.

Hoje, em uma conversa rápida com um querido colega de trabalho, a inspiração veio. Estávamos comentando sobre alguns acontecimentos recentes e uma frase por ele dita me tocou profundamente: ...uma mola torna-se mais forte quando é pressionada... recuar não é sinal de fracasso, é sinal de inteligência...

São apenas frases, mas que podem se encaixar em várias situações. De tudo tiramos ensinamentos preciosos, que nos estimulam, nos motivam e nos engrandecem.

Nunca pensei que uma mola pudesse provocar em mim tanta reflexão...




domingo, 4 de julho de 2010

Caça ao tesouro

Aqui em casa hoje teve caça ao tesouro... sim, férias iniciadas, criançada sem ter o que fazer e uma mãe criativa... receita perfeita para uma prova de caça ao tesouro.

Pois bem. Preparativos na noite anterior adentraram a madrugada. Normal, faz parte do jogo. Quem já me conhece sabe que entrei na fila da empolgação umas cinquenta vezes.

Pistas escondidas, fantasia de pirata confeccionada (tapa olho e tudo!), tudo muito bem concatenado. Tarefas, na verdade, ao invés de pistas, ficou mais interessante.

Iniciado o jogo, foi divertido ver no rosto das crianças tanta satisfação. As regras do jogo respeitadas, o companheirismo, trabalho em grupo, tudo perfeito, uma lição nos adultos, diga-se de passagem.

E o tesouro... encontrado por uma das crianças, foi devidamente repartido. Um belo saco de guloseimas, das mais diversas. Merecido. Deram uma lição de lealdade, companheirismo e humildade.

Meu prêmio? Só um sorriso... e uma frase... obrigada mãe, você é a melhor mãe do mundo!!!

É ou não é o melhor dos tesouros?




sábado, 3 de julho de 2010

O poder de uma caneta

Há certos símbolos que são interessantes. Desta vez, quero refletir sobre canetas.

Sim, caro leitor, canetas.... das mais singelas e simples, até aquelas tinteiro, que eu nunca consigo escrever... vou de velha BIC mesmo.

Canetas são o símbolo do poder. Uma canetada pode representar a mudança na vida de muitas pessoas. Faz chorar e rir, faz perder e ganhar, pode até matar.

Uma caneta é o instrumento da escrita, da manifestação de vontade humana. Já dizia a minha amada avó... palavras ditas o vento leva... palavras escritas, jamais, pois são eternas. Uma caneta vai transmitir o que deseja seu domador: o bem, o mal, o tudo ou o nada.

Alguns têm respeito pela tinta da caneta, pois sua assinatura lhes custou caro e tem uma bela carga de credibilidade. Para estes, a caneta será sempre o símbolo da verdade, da transparência e do bem. Um documento assinado por outros, nem tanto, pois usam o poder para manipular, transgredir, favorecer. Estes, coitados, ao serem lidos, imediatamente traduzem aos seus leitores carga zero de confiança.

Um consolo, no entanto, existe às canetas. Elas jamais serão as culpadas. Culpados serão seus condutores, seus mentores, seus donos. Saibamos, sempre, portanto, escolher e manter no poder o que tem boas intenções a transmitir através de suas canetas. Se não o fizermos, certamente nos arrependeremos e sofreremos as consequências da sua força.



Comodismo

Um papo no meu café da manhã, essa semana, foi bem interessante. Falávamos sobre o comodismo.

É evidente que gostar de desafios e se animar com eles é um grande agente motivador, mas não se pode negar que, muitas vezes, nos deixamos levar por uma situação cômoda, um conforto, uma segurança que reflete naturalmente do fato de não se mover uma palha.

E isto em todos os campos: seja no trabalho, em casa, no lazer, na família. Sair de uma situação cômoda dá trabalho, e gera dúvidas... será que vale a pena?

Estas incertezas, acabam, por vezes, engessando o que se deixa levar pelo comodismo ao extremo. Pra que contestar o chefe? Não vou mudar nada mesmo... foi sempre assim. Não gosto de brigas, não gosto de me incomodar... muitas são as desculpas dadas por todos nós, com o objetivo de apenas deixar as coisas como estão.

O problema é que o comodismo é estagnante. E o papo do café da manhã continuou...

Nunca consegui entender o porquê que nós, seres humanos, nos distanciamos tanto dos outros animais. Um camelo, até hoje é um camelo, uma girafa, idem, o macaco também. Considerando que a teoria Darwinista tem lá sua parcela de razão, não dá pra entender como os homens do macaco vieram e até hoje evoluem a passos tão rápidos, enquanto os outros animais, não.

É o pensamento, o raciocínio, a lógica? A superioridade humana se resume a só isso?

Conclusão do papo... foi o comodismo que deixou os animais lá pra trás, uma vez que estava garantida a sobrevivência, a comida e o abrigo. A insatisfação constante e a necessidade fizeram o homem impulsionar seu lado criativo e lógico, em prol de sua superioridade animal. Afinal, fisicamente, o homem era mais fraco que suas presas e precisava criar algo para atacá-las.

O camelo, tem a água garantida em suas corcovas. A girafa tem suas folhas na árvore e pescoção suficientemente comprido para alcançá-las... o macado ainda tem lá suas florestas e alguns zoológicos.

E nós? Será que vamos nos deixar levar pelo comodismo? Depois do papo do café, acho que não... o comodismo é estagnação na certa. É parar de evoluir... é ficar pra trás. Vale a pena, então, se esforçar para as mudanças, que sempre baterão à nossa porta.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Surpresas num dia comum

Meu dia hoje não foi dos mais comuns. Além do casa - trabalho - casa muitos acontecimentos foram marcantes. Uns até negativos, diga-se de passagem, mas superáveis, pois incapazes de tirar minha força.

O que eu quero explorar na verdade é um evento aparentemente comum, mas que me chamou a atenção no meu cotidiano. Uma amiga, colega de trabalho, senta em minha frente e pergunta: tens algum livro pra me indicar? Um livro que te prenda, um daqueles que a gente devora num fim de semana, mesmo que tenha mais de 400 páginas?

Fui pega meio que de surpresa, pois afinal faz tempo que não leio um desses, de verdade, coisa que devo mudar em breve, até pelo estímulo de hoje.

Pois bem, passado o primeiro impacto, altamente positivo, comecei a rodar meu winchester mental e dei lá algumas sugestões. Prometi trazer um deles no dia seguinte. A conversa continuou mais um pouco e encerramos por ali. Horas depois, recebo um e-mail desta mesma pessoa, informando-me sobre um assunto que jamais havia me deparado: inteligência espiritual. Parece ser esta a nova onda, depois da medição pelo QI e do conceito de Inteligência Emocional.

Apaixonei-me, de imediato, pelo assunto. Um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida. A teoria é de uma filósofa e física americana, revelada em seu livro QS - Inteligência Espiritual.

É claro que o tema merece toda a atenção e aprofundamento, o que será objeto de minhas horas de folga no próximo mês, mas quero compartilhar com todos as dez qualidades, apontadas pela pesquisadora, como características de pessoa com alta inteligência espiritual, vejamos:




1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo.
2. São movidas por valores. São idealistas. 
3. Têm capacidade de enfrentar e solucionar as adversidades.
4. São holísticas. 
5. Gostam da diversidade. 
6. Têm independência. 
7. Perguntam sempre "por quê?" 
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo. 
9. Têm espontaneidade. 
10.Têm compaixão.
É ou não é uma bela fonte inspiradora? Quem dera todos os seres humanos se espelhassem em modelos deste tipo. Estamos aqui para evoluir. Em assim sendo, mãos à obra... eu por aqui, também continuo a minha.
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