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terça-feira, 29 de junho de 2010

Em boca fechada não entra mosca

Já dizia o ditado popular... em boca fechada não entra mosca.

Pode até ser verídico. Na boca fechada, não há o incômodo da mosca, pois afinal, moscas incomodam e não devem lá ter um bom gosto.

Mas não é com 'bocas fechadas' que se faz cidadania. Muito ao contrário.

Você ficaria calado se presenciasse um crime? Ficaria calado se estivesse nas suas mãos a revelação de um fato importante? Calaria se a paz de alguém dependesse de você? Calaria se pudesse impedir um erro com sua voz? Negaria a palavra se o seu testemunho fizesse justiça?

Muita gente cala. E cala por dinheiro, por inveja, por medo de alguma coisa que não sabe bem o que é. Cala simplesmente porque não quer se envolver. Porque delega ao outro atitudes que só ele mesmo poderia fazer. Silencia por covardia, por ignorância, por mesquinharia, por pequinês de espírito.

Ainda bem que existem os que gritam. E gritam porque não se importam em engolir moscas, ou sapos, ou qualquer outro bicho estranho. Gritam porque são cidadãos comprometidos com a verdade e com a justiça. Gritam porque tem respeito à sua opinião e ao coletivo. Gritam porque não se intimidam. Gritam porque estão ao lado da verdade.

O grito de um só encoraja alguns 'bocas fechadas'. O grito de um sempre será mais alto do que um grande coro de 'bocas fechadas'.

Cidadania é feita com coragem. E um país de verdade só existe se nele há cidadãos.

Basta à impunidade. Basta ao silêncio covarde.


segunda-feira, 28 de junho de 2010

O aspirador de pó

Certa vez, vendo um programa num sábado à tarde chuvoso qualquer (viva a TV a cabo!), deparei-me com um grande espetáculo. O desafio era tentar arrumar dois cômodos da residência de um casal, cuja única tarefa aparente nos últimos vinte anos foi unicamente juntar tralhas.

A bagunça era tanta que, até para o programa, o desafio era praticamente impossível. Não se conseguia sequer entrar ou muito menos circular pelos ambientes da casa. Tudo era um grande amontoado de bugigangas, daquelas que nos deparamos e nos perguntamos... tá, mas pra que isso?

Enfim, o questionamento que ficou daquele programa foi o exagerado apego ao material. O materialismo daquele casal era tamanho que, ao se deparar com um velho aspirador de pó (com idade aproximada de 50 anos - sem uso há mais de vinte), cuja caixa ocupava um espaço de mais ou menos dois metros quadrados, e questionado se poderia se desfazer dele, o homem entrou em prantos, dizendo que não conseguia se desfazer do velho e inútil objeto.

Um psicólogo entrou na parada pra tentar a grande façanha. A pergunta dele, fatídica, ao emocionado homem, foi: o que te remete este aspirador de pó? Ele, choroso, respondeu: lembro de minha mãe limpando a casa com ele, e a família toda reunida... este aspirador de pó me remete ao tempo em que toda a minha família estava junta, feliz.

Ok, interessante. Posso te propor uma substituição? Que tal tirarmos uma foto, e colocar o aspirador de pó numa grande moldura, em local de destaque, na sua sala, pendurado na parede? O homem, corajosamente, topou... e assim, a grande caixa de dois metros quadrados se foi.

Interessante pensar o grau que um objeto tem poder sobre nós, humanos. Não posso me conceituar como uma pessoa materialista, longe disso, aliás, odeio juntar tranqueiras, mas não se pode negar que um objeto, relíquia sentimental, pode fazer uma grande diferença na vida de todos nós. Pode ser uma pedrinha, um velho cinzeiro, uma correntinha de plástico, uma toalhinha bordada, uma imagem de santo, uma velha colcha ou mesmo uma meia de tricô (eu tenho uma dessas, que eu mesma fiz há trocentos anos atrás e adoro, pois me esquenta todo inverno, embora seja horrorosa).

A discussão aqui centra-se em saber que poder um objeto tem sobre sua vida. Na minha concepção, um objeto permite que você se transporte no tempo, para uma situação absolutamente boa ou ruim, e, em qualquer momento, desde que você o perceba, essa viagem se materializa. Assim, se o objeto lhe remete a uma situação positiva, uma lembrança alegre, você o tem perto. Se não, você se desfaz logo, logo.

Esse é o poder material... o desafio é conseguirmos visualizar e nos transportar aos momentos alegres (só os alegres), sem precisar deles. Ainda é difícil, mas é um desafio saudável. O exemplo da foto do aspirador de pó na parede pode ajudar.

domingo, 27 de junho de 2010

Individualismo

As pessoas que me rodeiam já me tacharam diversas vezes de individualista.

É verdade, não nego meus defeitos. Mas isso não significa dizer que sou insensível. O individualismo, para mim, nada mais é do que uma forma de auto proteção, um momento seu que ninguém tem o direito de tirar ou interferir. E ponto, só isso.

Quem nunca precisou de alguns minutinhos só pra você, longe de tudo ou todos, aquele momento de pensar em nada, de refletir em nada, só pra explorar o vazio e os sentimentos que te afligem?

Uma querida amiga, certa vez, lá quando eu tinha uns quinze anos, confidenciou-me...és como uma concha, dura e muito fechada, mas quem tiver a oportunidade e a paciência de te descobrir, terá como presente a pérola que você é.

Até hoje essas palavras ainda ecoam em minha cabeça. É claro que a maturidade, a profissão, a maternidade e a própria Vida já me tiraram muito da inibição, da dureza e dos medos, e hoje sou uma pessoa mais extrovertida. Porém, aqueles minutos de individualismo ainda me pertencem por pura necessidade. É a minha interiorização, meu momento. Dura pouquíssimo, e são raras as vezes em que me sinto na vontade do isolamento, mas ainda é uma característica minha.

A pérola ainda está aqui, mais escancarada, é verdade, mais ainda assim, protegida por sua concha...


quinta-feira, 24 de junho de 2010

A dança das cadeiras

Quem já não brincou de dança das cadeiras? Uma brincadeira divertida, regada à música, cujo único objetivo é permanecer no jogo, sendo ágil e rápido o suficiente para sentar em uma, até que um só permaneça e assim vença.

É a síntese da luta pela conquista meritória. Na brincadeira, contudo, vale somente a agilidade, a rapidez. Trapaça, não. Puxar a cadeira do outro, empurrar, sentar em duas cadeiras, nada disso é permitido. Os que assim agem, estão fora do jogo, são expulsos. E com razão, pois não respeitaram as regras éticas e primordiais a quaisquer disputas: a lealdade. 

Quem for o melhor, vence. E o melhor, nesse jogo, é somente aquele que for mais rápido, quem souber responder ao estímulo sensorial com maior precisão. É aquele que, por mérito, é o melhor, naquele conjunto, naquele contexto, naquela situação especial de disputa.

Uma disputa saudável, igualitária, justa e leal. Quem vai perdendo o lugar, se afasta da brincadeira e torce pelos que ficam, sem mágoas ou ressentimentos, porque sabe que não correspondeu ao melhor e que outro o fará. O perdedor, ao contrário de lamentar-se, estará esperando para aplaudir o último que sobrar.

Aí eu pergunto, caro leitor: por que, na Vida, o jogo das cadeiras também não é assim? Não seria mais fácil, menos dolorido e menos traumático? Por que os melhores nunca ou quase nunca sentam nas melhores cadeiras? Por que não há chance de conquistá-las?

Tá tudo errado.

Mas o que é meritocracia?

Hoje, a palavra que povoou meus pensamentos foi somente uma: meritocracia.

Desde criança, somos treinados e cobrados a fazer o bem, fazer o melhor, dar o melhor de si, tudo com o objetivo de crescermos em função de nossos próprios méritos, sem dever nada ao outro, nem a quem quer que seja. 

Por que é tão difícil pregar o correto e agir de modo torto? É a velha máxima: faça o que eu digo, não faça o que eu faço. O discurso deste tipo, desconectado de atos verdadeiros é podre, falso e irreal.

Ninguém gosta de ser subjulgado, ou preterido, ou jogado a escanteio, pra ser mais preciso. Ainda mais quando os que ascendem são pessoas absolutamente sem crédito meritório, apenas viveram em função de interesses e buscam, com estes, alcançar postos mais elevados, sem atentar ao fato de que o lugar que ocupam, por mérito, deveria ser de outra pessoa. E que o mundo estaria muito melhor se eles não ocupassem estas elevadas cadeiras vendidas.

Não falo do público ou do privado. Não falo de ambiente de trabalho ou de relações de falsas amizades. Falo de pessoas. De malfadados jogos sociais que pendem eternamente para pequenas ilhas, pequenos grupos iluminados cujo único objetivo é perpetuar o nada.

Dizem que a verdade dói. Dói para aqueles que não a querem ver, pois quem a enxerga vislumbra um só horizonte possível: o horizonte da transparência, da verdade, do resultado consistente, da meritocracia, enfim.

Para os que almejam o sucesso recorrendo a alianças putrefadas não há certezas, ao contrário. A deslealdade é recorrente e que ninguém se importará quando estes não forem mais úteis aos interesses daqueles a que serviram.

Para os que já se machucaram por terem sido preteridos, esquecidos, abandonados na ideologia meritória que na infância sempre lhe pregaram, única pela qual acredito e defendo, alguns consolos bastam: 1) o mundo é redondo; 2) não se cala a boca de quem quer gritar; 3) o conhecimento é o único bem que ninguém consegue furtar do outro. 

Lutarei sempre pela  liberdade de expressão, de pensamentos e opiniões, desde que fundamentadas. Idéias vazias, largadas à defesa de interesses escusos não merecem qualquer valorização ou atenção.

Sei que somente valorizando e defendendo a meritocracia construiremos um país decente, digno, valorizado, com cidadãos conscientes, com respeito pelo dinheiro público, pelo coletivo e pela educação. 

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ensinamentos do Poker

É verdade, queridos leitores, até no poker há ensinamentos. Há poucos meses atrás, aprendi a jogar este joguinho interessante. Aliás, tudo que envolve cartas e raciocínio, tô dentro. E a lista é grande: buraco, tranca, gamão, sudoku, enfim, pra descansar a mente a gente acaba trabalhando com ela ainda mais.

Pois bem, pra quem não sabe jogar, ainda, o poker, vale a pena navegar na net e descobrir seu mundo. Em síntese, cada jogador deve, num conjunto de sete cartas, ter o melhor jogo combinando cinco delas. Quem tiver o melhor jogo, leva as fichas de toda a rodada.

Mas e daí, e os ensinamentos?

Muitos. Talvez o principal deles seja aprender a trapacear... sim, porque você pode vencer a rodada tendo o pior jogo na mão, à medida em que convence os outros jogadores que tem a melhor mão de cartas. E não é fácil trapacear. O engraçado é que, no jogo da Vida, as regras são muito semelhantes.

Uma pesquisa americana concluiu que todo ser humano, por dia, mente aproximadamente três vezes, e que a mentira faz parte de qualquer relacionamento social. E mesmo assim, por que é tão difícil mentir? A trapaça vai muito além disso... é saber convencer o outro a comprar a sua idéia e dizer a ele que somente você tem a alternativa viável. Essa manobra pode ser muito útil, a partir do momento em que estão em jogo diversos interesses, e você precisa convencer as pessoas de que a sua ideia é a mais interessante no momento.

Diferente de trapacear, a manobra acaba se voltando para o poder de persuasão, muito mais eficaz e leal. Na trapaça pura, você sabe que nada tem a oferecer, e mesmo assim quer convencer os outros que tem. Na persuasão, você sabe que tem o melhor a oferecer, precisa aprender a convencer os demais disto.

Portanto, caros leitores, aproximem-se do poker... além de ser divertidíssimo, você realmente pode se surpreender com o quanto suas mentiras diárias vão evoluir, e seu poder de persuasão também.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Quero voar...

Mamãe, eu tô muito triste...


Por que minha filha?


Porque eu queria voar. Por que eu não consigo voar?


Ah, minha filha, não fique assim, voar é com os pássaros. As pessoas não tem asas, não conseguem voar... Voar, só de balão, de avião, de asa delta...


Ah mãe, mas eu queria tanto saber voar... tem que ter um jeito...


(instante depois)


Ah mãe, descobri um jeito de voar!


É filha, como?


Com as histórias mãe, os livros ajudam a gente a voar. O meu pensamento voa quando escuto uma história, então eu consigo voar!


Que lindo minha filha! Claro que sim, a leitura nos faz voar! Você tem razão!


Eu vou voar muito quando eu aprender a ler... mas por enquanto você me ajuda a voar? Podemos ler uma história hoje, na hora de dormir?


Claro que sim, minha filha, claro que sim...



Irritações Mil

Não tem coisa mais irritante do que perceber que estão subestimando sua inteligência. Denota que os outros enxergam você de forma frágil, incapaz e lenta ou, mesmo acreditando não ser, procuram te testar os limites, até que você saia do sério e diga: eu penso!!! Não adianta tentar me enganar.

Mas por que é que alguém subestima a capacidade do outro? Será que ele próprio se acha melhor, mas inteligente, mais perspicaz? Se o faz, praticamente denota a situação ao contrário.

Por muitas vezes presenciei e vivenciei situações deste tipo. Nas relações sociais, na Vida e no ambiente de trabalho, principalmente neste último.

Não se pode considerar normal ou aceitável um comportamento como este. É doentio, desestimulador, irreal, reprovável, sob todos os aspectos. Todos os seres humanos são dotados de inteligência. É verdade que alguns em grau superior, outros inferior, mas de uma forma geral, o nível mediano denota capacidade intelectual razoável, impossível de ser desconsiderada pelos outros.

Não falo aqui da inteligência decorada, aquela que se mede em provas escolares. Falo da inteligência perceptiva, da capacidade de ler o ambiente que o envolve, de estabelecer conexões e relações lógicas com o mundo que o cerca, a rapidez de raciocínio, a lógica intuitiva, os sentidos humanos voltados à captação externa. Por mais alheio que uma pessoa possa parecer, ela faz todas essas percepções naturalmente. Por comodismo ou personalidade, pode acabar querendo não se envolver, mas isto não significa que ela não as faça.

Portanto, nunca pense que o outro não sabe pensar, ou que só você sabe. Você, na maioria das vezes, se surpreende com aquele que, a princípio, lhe parecia inofensivo.


Pensamento obeso

Já não é a primeira vez que percebo preconceitos entre as pessoas. E nas mais variadas formas. Cor de pele, religião, opção sexual, esses são os mais clássicos, mas há outras formas subliminares de criar um conceito prévio, o tal pré-conceito, julgando outro ser humano por outros elementos.

Um desses elementos, que hoje quero abordar, é a obesidade. Não é incomum pensar que a pessoa obesa não é capaz de fazer coisa alguma, por que não consegue controlar a si própria.

Um injustiça, sob meu ponto de vista.

Independente do peso que você está, o que lhe comanda é o pensamento obeso. Podes estar magro, mas a obesidade te ronda através da mente. Aquele que tem pensamento obeso, pode a qualquer momento se deixar levar por esta condição, pois não consegue contentar-se com uma bolachinha, só uma pipoquinha, um naco de chocolate... quantidades pequenas de comida são inaceitáveis.

Diferente do vício da bebida, das drogas, do trabalho, do sexo, das compras, do jogo, o descontrole pela comida é algo mais ingrato, pois ninguém consegue viver sem comer. É algo fisiológico, necessário à própria subsistência.

A primeira medida para tratar um viciado é afastá-lo dos elementos de descontrole. Com a comida, é um pouco diferente. O obeso deve aprender a conviver com seu elemento viciante, sem deixá-lo por completo, e nisso o ciclo vicioso torna-se cruel, pois o pensamento obeso te envolve, pelo menos, três vezes ao dia, nas refeições principais.

É claro que toda forma de preconceito é injusta. Nos obesos, todavia, é ainda mais cruel. Embora eu não seja propriamente uma obesa, no sentido científico e estético da palavra, minha luta é constante contra o descontrole alimentar, desde que me entendo por gente, e hoje já sou bem mais amadurecida e consciente de tudo que isto envolve. Mesmo estando mais magra, não se pode permitir se deixar levar pelos pensamentos obesos. Eles perduram por tempo suficiente para te deixar quilos a mais.

Assim, o ''vigiai' deve também compreender a sedução do pensamento obeso...

E você leitor, quais são os seus descontroles?




segunda-feira, 21 de junho de 2010

Irritações na Vida

O povo pediu. Na enquete do blog, o mais desejado é o post sobre a Vida irritante.

Pois bem. Vá lá. 

As coisas que mais me irritam na vida são diversas. E também em graus diferentes. Vamos ver se eu consigo listá-las rapidamente em ordem crescente:

Grau 1: irritação leve
a) pessoas que conversam cutucando no ombro ou no braço
b) cumprimentar dando três beijinhos e a pessoa pára no segundo
c) Está frio pra caramba, e quando você começa a escovar os dentes, escorre um pingo de água pelo seu braço, manga adentro
d) Você chega no caixa do supermercado e somente depois que você já tirou um monte de compras do carrinho a desgraçada do caixa fala bem baixinho "moço, aqui vai demorar um pouquinho, porque deu um probleminha na fita do caixa". Porque não avisou antes?

Grau 2: irritação moderada
a) As pilhas da sua câmera digital, que acabam sempre quando tem uma foto legal pra tirar. Idem para celular sem bateria quando você precisa fazer uma ligação urgente
b) Flanelinha que chega só na hora de você pegar o carro e dizer: aí tia, cuidei do carro! Tem um troco pro café?
c) Ligar para o serviço do consumidor e escutar a musiquinha, falando com máquinas sem nenhum ser humano pensante do outro lado
d) Assistir o Faustão num domingo de chuva, porque não consegue tirar um cochilo

Grau 3: irritação suprema
a) Vender rifa
b) Escutar buzinar em engarrafamento: adianta?
c) Sair para fazer compras com uma amiga que nunca sabe o que escolher: ai, o que você acha, esse ou esse? Aí você responde e ela retruca: será? Putz, ninguém merece!
d) Preencher cadastro e depois descobrir que o site é uma porcaria.

Esqueci de algo mais irritante? Diga lá leitor!

Sou virginiana, e daí?

O signo de virgem é estigmatizado. Basta alguém descobrir que lá vem o rótulo! Putz, pessoa irritante, perfeccionista, crítica, calculista, detalhista, organizada ao nível extremo e tudo mais.
 Rótulos revoltantes e, na maioria das vezes, irreais no que tange aos exageros. Basta dar uma simples olhadinha no meu armário que logo tudo isso desaba. A desorganização assusta.
 No entanto, declaro: meu armário é só a minha ponta revoltada dos rótulos virginianos. De resto, sou assim mesmo: irritante, perfeccionista, crítica, calculista, detalhista, organizada ao nível extremo e tudo mais que de ruim possa elencar sobre os virginianos. E que mal há nisso? No meu ponto de vista, nenhum. É a velha história: defeitos ou virtudes? Depende do ponto de vista.
Só pra piorar as coisas, segue aí um texto sobre o lado ruim de todos os signos. Encaixe-se aí leitor, e veja só quantos defeitos você tem. Depois, pense duas vezes antes de atirar a primeira pedra contra um virginiano. Brincadeira, é só pra rir mesmo!
 Aquário (21 de janeiro a 19 de fevereiro)
Você provavelmente não é desse planeta. Tem uma mente inventiva e dirigida para o progresso. Você mente e comete os mesmos erros repetidamente porque é imbecil e teimoso. Você adora ser o “do contra”. Pensa que tem opinião formada sobre tudo. Na verdade, você é egoísta e gosta mesmo é de aparecer. Mesmo que esteja entre um milhão de pessoas, você quer ser o diferente. Você nunca segue os padrões. Isso faz de você um metido nojento. Você se acha o moderninho. Acha que está à frente dos outros signos do zodíaco. Você não tem nenhuma moral. Se você for homem deve ser um galinha e, se for mulher, aposto que nem perguntou o nome do último cara com quem dormiu!



Peixes (20 de fevereiro a 20 de março)

Você pensa que todo mundo é cabeça de bagre e só você é o esperto. O que você não sabe é que, na verdade, você é o grande cabeça de bagre. Você se acha o sujeito mais inteligente do mundo e tem a maldita mania de achar que os outros precisam de sua ajuda. Você se acha superior e considera os outros idiotas. Adora reprimir tudo e todos. É impaciente, mal-educado e fica dando conselhos fúteis aos outros e sempre consegue afundar as pessoas que seguem seus conselhos idiotas. Você não passa de um desorganizado, não tem praticidade alguma e não sabe nem em que planeta vive. Quando alguém te questiona, você recorre ao misticismo, uma vez que sua inteligência é limitada.



Áries (21 de março a 20 de abril)

Você é metido a honesto, sincero e se acha um líder natural. O problema é que você faz tudo ao contrário e não consegue influenciar ninguém. Você gosta de chegar a um determinado lugar e “botar pra quebrar”. Isso faz de você um ignorante completo. Na verdade, você arruma confusão em todo lugar que passa, simplesmente porque você quer fazer as coisas do seu jeito, nem que seja na base da porrada. O que você quer mesmo é poder. Você quer chegar ao poder nem que tenha que f… todos em sua volta. A sorte dos outros signos do zodíaco é que você nunca consegue chegar ao poder. Falta inteligência.



Touro (21 de abril a 20 de maio)

Você é materialista e trabalha como um condenado. As pessoas pensam que você é um pão-duro, cabeça-dura, mão-de-vaca, estão certas. Além disso, você é um teimoso desgraçado que faz só burrada na vida e continua fazendo, fazendo, fazendo…Você deve estar se perguntando… Por que eu trabalho tanto e só me ferro? A resposta é simples: sua cabeça-dura não deixa você enxergar um palmo além do seu nariz. Por isso que você trabalha como um condenado e nunca consegue subir na vida. Só leva fumo! E graças a sua teimosia idiota, continua levando, levando, levando…



Gêmeos (21 de maio a 20 de junho)

Você é um falso, “duas caras”, fofoqueiro, mentiroso e um grande cara-de-pau. Você não é confiável. É sinistro! No trabalho, faz amizade com todos como se fosse o melhor amigo e depois entrega todo mundo pro chefe. Você é tão safado que ninguém desconfia de você. Você adora ferrar os outros e depois ficar rindo da cara deles. É um galinha! Não tem nenhum conceito de moral e tem caráter duvidoso. Além disso, todos consideram você um canalha mal-resolvido. Geminianos costumam ter muito sucesso para chifrar, e também, no incesto, na prostituição e na cafetinagem.



Câncer (21 de junho a 21 de julho)

Você é um chorão desgraçado, e as pessoas que convivem com você são obrigadas a ficar agüentando você reclamar da sua vida. Você se acha solidário e compreensivo com os problemas dos outros, o que faz de você um baba-ovo e puxa-saco. O que você quer mesmo é ficar “bem na fita”. Você só quer saber de se dar bem, custe o que custar, e acaba sempre ficando numa boa, apesar de não valer nada. É, na verdade, um canalha com cara de santo. Quando pressionado você faz chantagem emocional. Chora e faz da sua vida a pior de todas. Por isso, os outros signos do zodíaco nunca desconfiam de você. E o pior é que todos gostam de você.



Leão (22 de julho a 22 de agosto)

Você se acha o máximo, um líder natural. Isso é que você acha! Sabia que todos acham você um idiota? A sua prepotência é insuportável para os outros signos e até para você mesmo. Você não passa de um puxa-saco incompetente querendo se promover a todo custo. Quer ter “status”, ser o “rei da cocada preta”, mesmo sabendo que não tem condição alguma de ser. Você quer sempre a atenção de todos mas, como não tem inteligência, nem sempre consegue. Daí a sua agressividade. Gosta de botar todo mundo pra trabalhar pra você, enquanto você fica reclamando da vida sem fazer nada.



Virgem (23 de agosto a 22 de setembro)

Você é metido a perfeccionista, observador e detalhista. Gosta de analisar e gerenciar tudo. Essa sua maldita mania faz de você um burocrata insuportável. Você é um bitolado e não tem nenhuma imaginação ou criatividade. Gosta mesmo é de tomar conta da vida dos outros. Critica os outros, “mete o pau”, mas não enxerga o próprio rabo. Quando as pessoas dos outros signos do zodíaco preenchem aquele maldito formulário de 15 vias carbonadas, de cinco cores diferentes, que devem ser batidos à máquina, elas não tem dúvida. Só pode ser um virginiano que fez.



Libra (23 de setembro a 22 de outubro)

Você se acha equilibrado, idealista e justo. Parece sentir a necessidade de proteger os outros e lutar contra as injustiças. Na verdade, você só pensa em si mesmo. Você é um engomadinho metido. Gosta de coisas sofisticadas e de alto nível, mas não passa de um ignorante desinformado. Nas conversas, quer falar sobre coisas intelectuais, como literatura e arte, e dificilmente entra em assuntos polêmicos. Quer ser politicamente correto. Na realidade você é um grande “fazedor de média”. Isso esconde sua verdadeira cara. Dessa forma, os outros signos nunca saberão seu real interesse, que é f… os outros. Afinal, você é um teimoso, ignorante e ambicioso.



Escorpião (23 de outubro a 21 de novembro)

Você é o pior de todos. Você é desconfiado, vingativo, obsessivo, rancoroso, vagabundo, frio, cruel, antiético, sem caráter, traidor, orgulhoso, pessimista, racista, egoísta, materialista, falso, malicioso, mentiroso, invejoso, cínico, ignorante, fofoqueiro e traiçoeiro. Você é um canalha completo. Só ama sua mãe e a si mesmo. Aliás, alguns de vocês não amam nem a mãe. Você é imprestável e deveria ter vergonha de ter nascido. Escorpianos são tiranos por natureza. São ótimos nazistas ou fascistas. Adora pisar os outros e tem um orgasmo quando vê alguém no buraco. Pelo bem dos outros signos do zodíaco, os escorpianos deveriam ser todos exterminados.



Sagitário (22 de novembro a 21 de dezembro)

Você é um otimista e tem uma forte tendência em confiar na sorte. Isso é bom para você, já que é imprudente, irresponsável, limitado e não possui nenhum talento. Como não tem competência, sempre arruma uma forma de se desculpar de suas burradas na vida. E sempre põe a culpa nos outros. Mas na verdade você que é incompetente mesmo. Você é um teimoso, ambicioso e metidinho. Na verdade, você é um idiota fracassado. Além do mais, seu conceito de ética e moral é limitado. Você é um puxa-saco, galinha e gosta mesmo é de sacanagem. Quando consegue alguma coisa na vida é sempre de forma obscura.



Capricórnio (22 de dezembro e 20 de janeiro)

Você é metido a sério, conservador e politicamente correto. Na verdade você é um materialista, falso, ambicioso e safado. Você tem uma tendência de ser enrustido em tudo. Você é frio, não tem emoções e freqüentemente dorme enquanto está transando. Você gosta de manter as aparências e quando encontra um “amigo”, abraça, deseja tudo de bom… Mas na primeira oportunidade puxa o tapete dele e depois vai dormir de consciência tranquila. Você nunca joga limpo e sua frieza faz de você um sanguinário completo. Mas que importa? Se a grana está entrando… ótimo

domingo, 20 de junho de 2010

Impunidade

Engraçado. Por muito tempo defendo a idéia de que a impunidade é o grande problema do Brasil. Hoje, assistindo ao jogo do Brasil na Copa do Mundo percebi claramente a razão pela qual a impunidade acaba sendo um grande câncer mundial, não apenas brasileiro.

À medida que o jogo avançava, as faltas foram ficando mais duras, a atitude do juiz era sempre a mesma. Determinava a cobrança de falta e nada mais. No máximo, uma conversinha pra tentar chamar a atenção, tal como se tenta conversar com uma criança quando ela passa um pouquinho dos limites.

E o jogo corria... golpes mais duros iam acontecendo. Cada jogador se sentia no direito de 'cobrar' seus direitos, sendo cada vez mais desleal e mostrando seu lado anti-desportista. Cotoveladas, carrinhos, travas na canela, tornozelo. Temperos a mais, vinham o 'olho no olho', as mensagens subliminares, e nada do juiz se posicionar. Até que efetivamente a luta se instalou.

O jogo de futebol, assim como em qualquer grupo humano competitivo, seja numa empresa, numa escola, num clube, na praia, o senso de justiça e punição, a eterna regra newtoniana de ação e reação é elementar.  Quanto mais a impunidade ganhava espaço, por ausência de autoridade legítima detentora do poder de punir, maior o descontrole.

Assim também é na Vida. Não só no Brasil, como em qualquer cantinho do mundo, delega-se a autoridade punitiva a um outro ente, em geral o Estado. Na ausência de ações concretas visando a correção dos erros, o caos se instala. Esse jogo não lhe parece familiar, caro leitor?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Qual é o seu preço?

Hoje não foi lá um dos meus melhores dias. Muitas tarefas, muito cansaço, alguma indignação no trabalho e muitos questionamentos rondaram minha mente que, convenhamos, é fervente.

Em minha leitura matinal de blogs e sites de notícias, deparei-me com muitos temas relativos a fraudes, crimes, negociatas, auferição de vantagens, tudo o que o ser humano é capaz de fazer por um bom maço de dinheiro.

Compra de gabaritos de concurso, venda de sentenças judiciais, traições políticas por uma gorda aposentadorias e cargos... tudo isto me fez pensar... será que todo ser humano tem realmente seu preço, ou é algo que povoa só a mente dos sem caráter?

Sinceramente, ouso ainda acreditar nos valores humanos. Já ouvi por muitas vezes a expressão: dê dinheiro e poder a qualquer um, e aí sim você conhecerá seu verdadeiro caráter...

Pois bem, quer dizer então que se não tivermos poder nem dinheiro em quantidades extras nunca saberemos ao certo qual o nosso padrão de comportamento? Não me parece razoável.

É inegável que há um fascínio exercido pelo dinheiro e pela hierarquia capaz de conquistar e seduzir, mas não posso crer na distorção dos valores pessoais a qualquer preço. Hum milhão, dois milhões, vinte milhões, ou mesmo um mísero real não deve ter a condição de comprar o sossego, a retidão, o caráter, os valores e a paz de quem quer que seja.

Talvez pensando assim acredite estar vivendo uma ilusão, pois a realidade mostra-se bem mais suja. Porém, insisto que o bombardeio na mídia, revelando os aspectos mais sórdidos da canalhice humana está longe de ser generalizado.

Ainda acho que o Sr. Zé Ninguém que devolve uma mala cheia de dinheiro é mais corajoso, forte e digno do que o Dr. Sabichão Poderoso que consideraria tal atitude ridícula, pobre e burra. São nestes valores que acredito. Ser reconhecida pela sua transparência, retidão, consistência e atitudes coerentes com seu discurso não tem preço. Um bom sono tranquilo também não. Seu travesseiro agradece.



quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sitio dos horrores

Vejam só que bela paisagem. Bucólico, não? Quantos não dariam tudo o que tem pra morar num lugarzinho como esse, longe de barulho, de stress, perto da natureza, cheirinho de mato...

CREDO. QUE GOSTO MAIS ESTRAGADO!!!

Sou uma pessoa super, mega, ultra urbana. O ser humano levou tanto tempo pra conquistar confortos e facilidades da vida moderna e tem gente que insiste em voltar ao passado, dizer que a comida do fogão à lenha é diferente, que não tem nada que se compare a uma camisa passada a ferro de carvão, que o barulho dos pássaros é música, que geladeira é dispensável, que a televisão desagrega o lar, que nada se compara ao cheiro de mato depois da chuva... ah, ninguém merece.

O negócio é ligar o microondas, ver a TV Full HD, twittar, blogar, orkutear, pegar a roupa na lavanderia limpinha e passadinha, água gelada na porta da geladeira, pedir comida pronta e cheirar um indispensável perfume francês. E o barulhinho urbano então? Não é um barato? Uma buzininha, o ronco de um motor qualquer, uma discussão no vizinho (quem não faz silêncio pra escutar?). Vai dizer que prefere gato miando, boi mugindo e galo cantando?

Já dizia uma amiga minha...'I love concreto'. Compartilho do mesmo amor.

Mas tudo bem, não sou tão radical assim, até que um fim de semana num hotel fazenda é bom (só dois dias e com wireless não tem problema) e uma comidinha no fogão à lenha também, desde que eu não tenha que lavar as panelas de ferro...

E você, é urbano ou rural?


Peixes

Todo ser humano tem seus medos. Uns mais voltados ao pânico, outros nem tanto. Também tenho os meus, e os revelo, sem culpas.

Tenho medo de peixe...Sim, parece meio ridículo, mas eu tenho e pronto. Já faz tempo que me aceitei. No orkut, sou membro da comunidade que leva esse nome 'tenho medo de peixe' e acreditem, foi de grande valia pra eu não ter mais vergonha disso.

Sempre tivemos aquário em casa, daqueles grandes. Eles lá dentro, coloridinhos, são lindos, mas basta um querer se aventurar para o mundo seco, se atirando para o desconhecido, que deixam de ser belos.

São asquerosos, pegajosos, nojentos, escamosos, abrindo e fechando aquelas bocas horrorosas freneticamente, como que pedindo 'pelo amor de Deus, me atirem na água de novo'!!! Putz, ninguém merece.

Só encaro uma pescaria se tiver alguém do meu lado que conheça esse meu pânico e que tope tirar todos os infelizes que eu tiro da água. E sou boa nisso, campeoníssima dos 'pesque & pague'. Matar peixe é bem gratificante... menos um no mundo, penso eu, que alívio.

Peixe bom é peixe morto. Pode ser assadinho, escalado, frito, e até cru mesmo, encaro na boa. Mas não me pede pra segurar um peixe vivo ou até os fresquinhos na peixaria. Só compro os já limpos e sem aquela cabeça zolhuda. E também não me pede pra cuidar do seu peixinho se for viajar. Que se dane o seu peixinho, não devia nem ter nascido esse miserável.

Eu sei que eles não fazem nada (só se debatem), não tem dentes (as piranhas têm), são incapazes de machucar um ser humano (vai encarar uma moréia, vai), mas não se trata disso. Medo é medo e pronto, é inexplicável e irracional. Dá pra acreditar que alguém tem medo de altura, de lugar fechado, de elevador, de gente, de barata? Tá, concordo, essa última opção é nojenta, mas não precisa ter medo de matar uma baratinha... ela só explode e solta uma gosminha.

Viu? Sou bem corajosa, só tenho medo de peixe... e de lagartixa, e de gente maluca também (já contei que sou pára-raio de doido? Isso eu conto noutro post...). Só isso, eu acho.

Conta aí leitor fiel... quais são os seus medos? Juro que não vou rir.


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